"Estado da União": Balcãs Ocidentais na fam´ília UE em breve?

A cimeira UE-Balcãs Ocidentais decorreu, pela primeira vez, num país dos Balcãs
A cimeira UE-Balcãs Ocidentais decorreu, pela primeira vez, num país dos Balcãs Direitos de autor European Union
De  Stefan GrobeEfi Koutsokosta, Isabel Marques da Silva
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A cimeira em Tirana, na Albânia, deu indicações de que a guerra da Rússia contra a Ucrânia criou um novo sentido de urgência. Efi Koutsokosta entrevistou a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, sobre este tema.

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A semana ficou marcada pela cimeira da União Europeia (UE) com os seis países dos Balcãs Ocidentais que querem aderir ao bloco, mas primeiro falemos do impasse da UE com um dos seus atuais Estados-membros.

O braço-de-ferro entre Bruxelas e a Hungria agravou-se esta semana, quando o primeiro-ministro Viktor Orbán fez jus à sua reputação e usou o poder de veto contra um pacote de ajuda financeira de 18 mil miliões de euros para Ucrânia.

A atitude retaliatória de Orbán segue-se à recusa da Comissão Europeia em desembolsar milhares de milhões de euros em fundos europeus para a Hungria, por  causa das insuficientes reformas ao nível do Estado de direito.

No entender da Comissão Europeia, o governo de Budapeste não fez o suficiente para combater a corrupção e má gestão de fundos. Agora Orbán usa como trunfo a Ucrânia - um aliado ocidental que luta pela sua própria sobrevivência - quando os restantes 26 Estados-membros são unânimes sobre manter o fluxo de dinheiro para o país em guerra.

Quando a Hungria entrou na UE, em 2004, havia dúvidas se os países da Europa de Leste seriam, na sua maioria, capazes de atingir, rapidamente, os padrões da UE. As mesmas dúvidas existem, atualmente, sobre os seis países dos Balcãs Ocidentais (Albânia, Bósnia-Herzegovina, Macedónia do Norte, Montenegro, Kosovo e Sérvia) que batem à porta da UE, há já bastante tempo.

A cimeira em Tirana, na Albânia, deu indicações de que a guerra da Rússia contra a Ucrânia criou um novo sentido de urgência. Efi Koutsokosta entrevistou a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, sobre este tema.

"Considero que esta é uma oportunidade não só para os Balcãs Ocidentais, mas também para a União Europeia, porque se esta região for pacífica, segura e economicamente próspera, é também benéfico para toda a Europa. Toda a Europa será pacífica e mais próspera. Portanto, é também do interesse da União Europeia ter novos membros", disse Kaja Kallas.

(Veja a entrevista na íntegra no vídeo)

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