A Comissão Europeia vai disponibilizar 2,25 mil milhões de euros para ajudar a Grécia após as recentes inundações devastadoras. O anúncio foi feito pela presidente, Ursula von der Leyen, terça-feira, em Estrasburgo, onde se encontrou com o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis.
As verbas extraordinárias para o governo de Atenas deverão sair de vários fundos comunitários, desde o da Coesão ao da Agricultura e ao dos Apoios Sociais.
As tempestades causaram pelo menos 15 mortos na zona centro do país e em alguns locais a água ainda não escoou. A forte chuva seguiu-se a semanas de incêndios florestais de grandes dimensões.
Para Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, também é o momento de reforçar o orçamento para a gestão de crises, denominado Fundo de Solidariedade.
"No total, poderemos mobilizar para a Grécia 2,25 mil milhões de euros. Para além disso, a Comissão Europeia está pronta a avaliar um pedido grego ao abrigo do Fundo de Solidariedade. Nesse âmbito, é importante que os Estados-membros concordem com a nossa proposta de reforço do Fundo de Solidariedade e, se isso acontecer no próximo ano, poderemos disponibilizar até 400 milhões de euros", explicou a chefe do executivo comunitário, em conferência de imprensa.
Repensar o fundo para os desfios futuros
Criado em 2002, com dotação anual de 500 milhões de euros, para fazer face aos danos causados por catástrofes naturais, o fundo está quase vazio. Face aos desafios criados pelas alterações climáticas, há que repensar a sua gestão.
"Atualmente, penso que deveria ser feito mais para para apoiar a Grécia, mas também outras regiões da Europa que foram afetadas. No futuro, precisamos de construir um sistema de apoio mais resistente para que, quando situações como esta acontecem, o dinheiro possa fluir de forma mais direta, rápida e flexível", disse, à euronews,Terry Reintke, eurodeputada alemã os verdes.
No último ano, o Fundo de Solidariedade foi ativado várias vezes, incluindo para ajudar a Eslovénia, também vítima de cheias causadas por chuvas torrenciais, e a Turquia, na sequência do terramoto. Portugal também já beneficiou meia-dúzia de vezes desde que o fundo foi criado.