Durante comício de apoio à candidata do partido Renascimento (Renaissance) às europeias, Gabriel Attal alertou para as ameaças que a Europa enfrenta. Mas a extrema-direita continua a iderar as sondagens.
O primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, participou na terça-feira num evento de campanha na cidade de Boulogne-Billancourt, para apoiar Valérie Hayer,** a candidata do partido Renascimento (Renaissance) às eleições europeias.**
Durante o discurso, Attal alertou para as ameaças que a Europa enfrenta e sublinhou a importância de votar nas europeias, que em França, tal como em Portugal, se realizam a 9 de junho.
“Sim, a Europa é mortal porque os desafios estão a multiplicar-se... as alterações climáticas, as grandes tecnologias, a IA, e só nós os podemos enfrentar, os 27”, disse Attal.
Já a eurodeputada Valérie Hayer sublinhou a importância dos direitos das mulheres e assegurou aos franceses que podem contar com ela para os representar.
“Digo-vos a todos: as nossas mães, avós, irmãs, a nossa responsabilidade é imensa. Temos dez dias para percorrer o nosso país, dez dias para fazer campanha, trocar e convencer, dez dias para percorrer todos os cantos do nosso país, dez dias para convencer os franceses de que precisamos da Europa", explicou Hayer.
A poucos dias da votação para as eleições europeias, que se realizam entre 6 e 9 de junho nos vários países da Europa, o partido centrista de Emmanuel Macron e de Gabriel Attal continua a lutar por subir nas intenções de voto.
Partidos de extrema-direita lideram as sondagens
Emmanuel Macron, o presidente francês, conhecido por ser um ávido defensor de uma Europa unida e assertiva, tem procurado reunir apoiantes, uma vez que os partidos de extrema-direita lideram as sondagens.
Também segundo as sondagens, a guerra na Ucrânia e a imigração são as principais prioridades dos eleitores. Os partidos de extrema-direita têm recolhido apoio ao criticar as políticas de Macron no que diz respeito às duas questões.
Macron reconheceu a existência de divisões relativas às políticas de imigração, nomeadamente nos tópicos referentes aos requerentes de asilo e à deportação de pessoas que chegam ilegalmente à Europa.
E a tensão social continua a fazer-se sentir em França, numa altura em que Paris se prepara para acolher os Jogos Olímpicos e enfrenta protestos de professores, polícias e agricultores.
Os protestos seguem-se a grandes manifestações, que ocorreram no ano passado, contra a proposta de Macron de aumentar a idade de reforma dos 62 para os 64 anos.