A Polónia deteve 18 pessoas alegadamente envolvidas em atividades hostis ou no desenvolvimento de planos de sabotagem em nome da Rússia e da Bielorrússia, incluindo planos para assassinar o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, informou o ministro do Interior na segunda-feira.
Dez dos detidos desde dezembro estavam diretamente envolvidos no planeamento de várias formas de sabotagem em toda a Polónia, disse o Ministro do Interior, Tomasz Siemoniak, numa conferência de imprensa.
As autoridades polacas associaram alguns incêndios recentes ou tentativas de incêndio a agentes patrocinados pela Rússia. De acordo com os comunicados da Agência de Segurança Interna, entre as pessoas detidas nos últimos meses contam-se cidadãos polacos, bielorrussos e ucranianos.
Em abril, um polaco foi detido por estar disposto a espiar para os serviços secretos militares russos num alegado plano para assassinar Zelenskyy, segundo os procuradores polacos. O homem procurava alegadamente estabelecer contacto com russos diretamente envolvidos na guerra na Ucrânia e esperava-se que lhe transmitisse informações detalhadas sobre o aeroporto estratégico de Rzeszow-Jasionka, no sudeste da Polónia, perto da fronteira com a Ucrânia.
Siemoniak disse que os atos de sabotagem faziam aparentemente parte de um plano mais vasto que também incluía ciberataques, levando os migrantes da Bielorrússia a atravessar para a Polónia e ameaçando a segurança do país que tem apoiado a Ucrânia na luta contra a invasão em grande escala da Rússia.
"Não temos dúvidas de que, a pedido de um país estrangeiro - a Rússia -, há algumas pessoas que estão prontas a ameaçar a vida, a saúde e os bens dos cidadãos polacos", afirmou Siemoniak.