Lindsey Graham, do Partido Republicano, quer mais ajuda norte-americana à Ucrânia ainda em 2024, enquanto Richard Blumenthal, do Partido Democrata, pretende que o apoio de Washington a Kiev seja inscrito na lei, e que vá para além do mandato de Zelenskyy.
PUBLICIDADEDois senadores norte-americanos elogiaram a incursão da Ucrânia na região russa de Kursk e prometeram lutar por uma futura ajuda militar americana a Kiev.
Lindsey Graham, do Partido Republicano, e Richard Blumenthal, do Partido Democrata, encontraram-se com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy em Kiev, no âmbito de uma visita de uma delegação bipartidária do Congresso dos Estados Unidos.
"Levar esta guerra a Putin e fazê-lo compreender e pagar um preço é a coisa certa. Espero que em 2024 haja mais ajuda militar por parte do Congresso.", afirmou Lindsey Graham, senador pela Carolina do Sul.
Os Estados Unidos deram 55,4 mil milhões de dólares americanos (cerca de 50,7 mil milhões de euros) a Kiev em assistência militar desde a invasão em grande escala de 2022.
Richard Blumental, do Partido Democrata, quer colocar na lei a assistência norte-amricana a Kiev.
"Estamos a propor uma legislação chamada "Stand by Ukraine", que codifica a segurança bilateral, garante que ela está na lei e não apenas no presidente. Obviamente, queremos que vá para além deste presidente.", referiu Senador Richard Blumenthal, senador pelo Connecticut.
Volodymyr Zelenskyy salientou a importância de defender a "vida normal" e a "liberdade do povo".
"É importante que os ucranianos e os americanos sejam verdadeiramente vitoriosos na nossa defesa da vida normal e da liberdade do povo.", disse o chefe de Estado ucraniano, adiantando que o uso de armas de longo alcance foi um dos temas em cima da mesa.
"Reuni-me com a delegação do Senado dos Estados Unidos. Discutimos o que é exatamente necessário para levar esta guerra a um fim justo, incluindo a nossa necessidade de utilizar armas de longo alcance.", notou Zelenskyy.
"Agradeço à América por apoiar a nossa defesa!".
A Ucrânia lançou um ataque surpresa contra a região russa de Kursk no início da semana passada, que resultou na evacuação de cidades e em feridos civis.
A Rússia já foi alvo de ofensivas ucranianas no seu território desde que começou a invasão do Kremlin à Ucrânia, mas a incursão das tropas de Kiev na região de Kursk é o maior ataque ao território russo desde a Segunda Guerra Mundial.