O professor Arnulf Hartl, que quer revitalizar o turismo de saúde, lamenta os espaços e práticas que se perderam com o desenvolvimento da ciência.
“Os últimos 100 anos foram caracterizados por uma diminuição das antigas termas e dos antigos recursos”, diz o professor Arnulf Hartl, da Universidade Médica de Paracelso, na Áustria.
O professor defende que a medicina moderna tem agora disponível “farmacologia muito boa”, mas, neste processo, também “algo se perdeu”.
“Há muitos aspetos que não podem ser substituídos pela farmacologia. E isso inclui, por exemplo, o exercício físico. O exercício é um fator médico preventivo muito importante e praticá-lo nas montanhas é muito mais eficaz do que num ginásio,”, sublinha.
Arnulf Hartl lidera a equipa do projeto HEALPS2, apoiado pela União Europeia, que procura revitalizar o turismo de saúde na zona dos Alpes. A ideia é também potenciar o desenvolvimento económico nestas áreas.
“Em algumas partes da Europa, em algumas regiões alpinas, temos o problema de haver pessoas a abandonar o campo e a mudar-se para grandes cidades. Este é o caso, por exemplo, da região do Piemonte, no norte da Itália, e de algumas partes da Áustria”, explica.
O professor também espera que o projeto possa dar mais oportunidades para as mulheres qualificadas.
“Temos muitos empregos na hotelaria e na gastronomia, mas empregos qualificados para mulheres são um dos nossos objetivos que tentamos alcançar no nosso projeto estratégico”, conclui.