Séjourné é Ministro da Europa e dos Negócios Estrangeiros da França desde janeiro.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, nomeou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Stéphane Séjourné, para ser o próximo comissário europeu do país, depois de Thierry Breton se ter demitido do seu cargo e retirado a sua candidatura a um segundo mandato, esta segunda-feira.
Em comunicado, o Palácio do Eliseu afirma que a decisão foi tomada "de acordo" com o recém-nomeado primeiro-ministro Michel Barnier e confirma que a França está a tentar obter uma pasta "chave" relacionada com a "soberania industrial e tecnológica" e a "competitividade europeia".
A experiência de Séjourné como presidente do grupo centrista de Macron, Renew Europe, no Parlamento Europeu, e como ministro francês da Europa e dos Negócios Estrangeiros, permite-lhe tomar as rédeas de uma pasta tão prestigiada.
Na segunda-feira, Thierry Breton, que ocupa o cargo de comissário europeu para o mercado interno desde 2019, retirou a sua candidatura à reeleição após o que descreveu como esforços da chefe da Comissão, Ursula von der Leyen, para pressionar a França a substituí-lo "por razões pessoais".
Breton afirma que von der Leyen ofereceu uma pasta mais influente para o potencial substituto de Breton "como uma troca política", disparando acusações de "governação questionável" contra a presidente da Comissão.
Nas últimas semanas, Ursula von der Leyen terá feito pressão junto de vários pequenos Estados-Membros para que substituíssem os candidatos do sexomasculino por mulheres, a fim de apoiar os seus esforços para garantir a paridade de género nasua equipa.
A surpreendente desistência de Breton vem desorganizar ainda mais o processo de formação da próxima equipa de Ursula von der Leyen. As lutas políticas internas na Eslovénia significam que a candidata do governo, Marta Kos, ainda não recebeu luz verde formal.
Ainda não se sabe sevon der Leyen poderá revelar a sua equipa numa reunião com os líderes políticos do Parlamento Europeu na terça-feira.