Portugal, Dinamarca, Espanha, França e Reino Unido apelaram aos seus cidadãos para deixarem o Líbano. Mais de 560 civis morreram no sul do país, após os últimos ataques israelitas contra o país.
Os governos português, dinamarquês, espanhol, francês e britânico apelaram aos seus cidadãos para abandonarem "imediatamente" o Líbano, na sequência das crescentes tensões entre Israel e o Hezbollah.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram, esta quarta-feira, que estão a conduzir um ataque de larga escala contra o sul do Líbano e contra a área do vale de Beca, depois do Hezbollah ter lançado um missíl contra a sede da Mossad.
Anteriormente, na segunda-feira, as forças israelitas realizaram ataques contra membros do grupo militante libanês, tendo matado mais de 560 civis no sul do país. Esta foi a mais mortífera vaga de ataques desde a guerra de 2006 entre Israel e o Hezbollah.
Portugal desaconselha viagens para o Médio Oriente
O ministério dos Negócios Estrangeiros português apelou aos cidadãos que evitem viajar para países do Médio Oriente como o Líbano, Israel e territórios palestinianos ocupados, perante a “situação extremamente grave” na região, com destaque, em particular, para o sul do rio Litani e para a região do vale de Bekaa, no Líbano.
Já os portugueses residentes no Líbano foram aconselhados a permanecerem atentos à evolução da situação e a prestarem atenção a quaisquer instruções emitidas pela Embaixada de Portugal em Nicósia, bem como noutros canais oficiais.
Avião com sobreviventes dos ataques israelitas aterra em Copenhaga
Entretanto, um avião proveniente de Beirute, no Líbano, aterrou no aeroporto de Copenhaga, na Dinamarca, com passageiros que conseguiram escapar aos ataques israelitas.
Em Bruxelas, Peter Stano, porta-voz da Comissão Europeia, disse que os líderes vão discutir a situação atual numa reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas, esta quarta-feira à noite. O porta-voz acrescentou que se houver necessidade de uma evacuação coordenada, a União Europeia está pronta a atuar.
“Todos os contactos, incluindo entre os Estados-membros da União Europeia, estão agora a decorrer ao mais alto nível, ao nível ministerial, ao nível do primeiro-ministro, ao nível dos líderes em Nova Iorque”, afirmou Peter Stano.
“A evacuação propriamente dita, se necessária, será conduzida pelos Estados-membros afetados. E, como é óbvio, sempre que é necessária uma coordenação a nível da UE, o EAS, a nossa delegação no terreno e a sede do EAS estão sempre disponíveis para os Estados-membros", acrescentou Stano.