Newsletter Boletim informativo Events Eventos Podcasts Vídeos Africanews
Loader
Encontra-nos
Publicidade

Pedro Nuno Santos vai propor ao PS que se abstenha na votação do Orçamento do Estado

Pedro Nuno Santos
Pedro Nuno Santos Direitos de autor  Armando Franca/AP
Direitos de autor Armando Franca/AP
De Euronews
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notícia Comentários
Partilhe esta notícia Close Button

Secretário-geral do PS frisou que “natural seria a oposição votar contra” o documento, mas a instabilidade do cenário político nacional levou Pedro Nuno Santos a tomar outra decisão, viabilizando o Orçamento. Decisão tem de ser validada pela Comissão Nacional do PS.

PUBLICIDADE

Pedro Nuno Santos anunciou esta quinta-feira que vai propor à Comissão Nacional do PS que se abstenha na votação, permitindo a viabilização do Orçamento do Estado para 2025.

O secretário-geral do PS justificou a decisão com o cenário de instabilidade política.

"Em primeiro lugar, passaram apenas sete meses sobre as últimas eleições legislativas. Em segundo lugar, um eventual chumbo do Orçamento poderia conduzir o país e os portugueses para as terceiras eleições legislativas em menos de três anos, sem que se perspetive que delas resultasse uma maioria estável. É por estas duas razões, e apenas por estas duas razões, que tomei a decisão de propor à Comissão Política Nacional do Partido Socialista a abstenção na votação do orçamento do estado para 2025", afirmou Pedro Nuno Santos.

O líder socialistas reforçou "o compromisso com os portugueses" por parte do PS, explicando também que a "política exige escolhas difíceis".

“Sou fiel à convicção de que a dialética e bipolarização política se fazem com o PS de um lado e o PSD do outro” explicou. “Não obstante esta oposição de princípio, de que não abdicarei, tenho a consciência de que a política exige escolhas difíceis”, acrescentou o líder socialista.

"Não era sério da nossa parte nem sequer negociar o Orçamento do Estado"

Pedro Nuno Santos não esqueceu as negociações com o Governo, das quais não saiu qualquer acordo.

"Apresentámos apenas duas exigências: o abandono das propostas do governo para o IRS jovem e IRC, medidas caras, injustas e ineficazes", afirmou.

O secretário-geral do PS assinalou o recuo "substancial" no IRS Jovem e o recuo apenas "parcial" sobre a descida do IRC, o que não permitiu o compromisso claro do PS com o documento.

"Não foi por isso possível chegar a um acordo entre o PS e o governo da AD. É um governo isolado, sozinho, mais minoritário do que nunca e absolutamente dependente do partido da oposição".

Montenegro saúda "Sentido de responsabilidade"

Luís Montenegro, que está em Bruxelas para a cimeira da UE, saudou a decisão do líder da oposição de viabilizar o Orçamento do Estado. "Saúdo, do ponto de vista democrático, o sentido de responsabilidade, a prevalência do interesse nacional que o PS expressou ao viabilizar este importante instrumento que pode contribuir para a execução do programa de Governo", afirmou o primeiro-ministro.

"Vejo com esperança aquilo que é a decisão do PS de respeitar a vontade do povo português e não contribuir para acrescentar às várias incertezas uma crise política", acrescentou ainda Luís Montenegro, garantindo que houve um "esforço significativo" do Governo para se aproximar às "preocupações" dos socialistas.

Ir para os atalhos de acessibilidade
Partilhe esta notícia Comentários

Notícias relacionadas

Portugal: Orçamento do Estado 2025 aprovado com abstenção do PS

"Esforço máximo para viabilização do OE": Montenegro acolhe propostas do PS no IRC e IRS jovem

Ciclista francês que fazia volta à Eurásia detido na Rússia