Newsletter Boletim informativo Events Eventos Podcasts Vídeos Africanews
Loader
Encontra-nos
Publicidade

Macron reúne-se com Trump e Zelenskyy na reabertura da Catedral de Notre-Dame

Notre Dame
Notre Dame Direitos de autor  Christophe Petit Tesson/AP
Direitos de autor Christophe Petit Tesson/AP
De Manuel Ribeiro  & euronews com AP
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notícia Comentários
Partilhe esta notícia Close Button
Copiar/colar o link embed do vídeo: Copy to clipboard Copied

A Catedral de Notre-Dame, em França, abre as suas portas pela primeira vez desde um incêndio devastador em 2019. Trump e Zelenskyy juntam-se a mais de mil convidados e fiéis para assistir à celebração de reabertura no sábado à noite.

PUBLICIDADE

O Presidente eleito Donald Trump, a atual primeira-dama americana Jill Biden, o Príncipe William da Grã-Bretanha e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, juntamente com dezenas de personalidades e cerca de 50 chefes de estado e governo - 1500 convidados no total - estarão presentes na celebração de reabertura sob os imponentes arcos góticos de Notre-Dame, presidida pelo Arcebispo Laurent Ulrich.

Donald Trump já chegou a Paris naquela que é a sua primeira viagem internacional como presidente eleito. Quando aceitou o convite no início desta semana, Trump disse que o Presidente francês Emmanuel Macron tinha feito “um trabalho maravilhoso para garantir que Notre-Dame fosse restaurada ao seu nível de glória, e ainda mais. Será um dia muito especial para todos!”, escreveu.

Macron, que tem tido uma relação de altos e baixos com Trump, tem feito questão de cultivar uma relação com o presidente eleito desde que este derrotou a vice-presidente Kamala Harris no mês passado. No entanto, o seu gabinete minimizou a importância do convite, afirmando que outros políticos que não ocupam atualmente cargos públicos também tinham sido convidados.

Trump foi convidado como presidente eleito de uma “nação amiga”, disse o gabinete de Macron, acrescentando: “Isto não é de forma alguma excecional, já o fizemos antes”.

O Presidente Joe Biden também foi convidado, mas não estará presente.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, invocou um conflito de agenda e disse que a primeira-dama, Jill Biden, representará os EUA.

A chegada de Trump a França ocorre numa altura em que Macron e outros líderes europeus estão a tentar cultivar a aproximação ao presidente eleito e persuadi-lo a manter o apoio à Ucrânia na sua defesa contra a invasão russa que dura há três anos.

Antes do evento de Notre-Dame, Macron reunir-se-á com Trump e, depois, separadamente, com o Presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, informou o gabinete do Presidente francês. Não é claro se Trump também se irá encontrar com Zelenskyy.

Trump prometeu acabar rapidamente com a guerra na Ucrânia, mas não especificou como, o que suscita preocupações em Kiev sobre os termos que poderão ser estabelecidos para quaisquer negociações futuras.

Num esforço para criar confiança com a nova administração dos EUA, o principal assessor de Zelenskyy, Andriy Yermak, reuniu-se com membros importantes da equipa de Trump numa viagem de dois dias no início desta semana. Um alto funcionário ucraniano, que falou sob condição de anonimato por não estar autorizado a falar publicamente, descreveu as reuniões como produtivas, mas recusou-se a revelar detalhes.

Reabertura da Catedral de Notre-Dame é uma “uma sacudidela de esperança” (na presidência de Macron)

A reabertura de Notre-Dame ocorre num momento de profunda agitação mundial, com guerras na Ucrânia e no Médio Oriente. Os líderes mundiais, juntamente com inúmeros dignitários e fiéis, assinalam, ao inicio da noite de sábado, a ocasião num raro momento de unidade, sobretudo no atual contexto de divisões e conflitos mundiais.

O Presidente francês, que apelidou a reabertura de Notre-Dame de “uma sacudidela de esperança”, discursará no encontro e espera que a ocasião silencie brevemente os seus críticos e mostre a unidade e a resistência da França sob a sua liderança.

A presidência de Macron enfrenta a sua crise mais grave após o colapso do governo esta semana, numa votação histórica de desconfiança que derrubou o primeiro-ministro Michel Barnier.

A votação seguiu-se a meses de impasse político após eleições antecipadas. Os apelos das forças da oposição para que Macron se demita são cada vez mais fortes. Mas ele prometeu, num discurso à nação na quinta-feira, permanecer no cargo até ao final do seu mandato, em 2027, e disse que nomeará um novo primeiro-ministro dentro de dias.

Numa altura em que a França se debate com problemas económicos e uma agitação social crescente, as celebrações do renascimento de Notre-Dame constituem um forte contraste com a crise.

Segurança apertada na île de la Cité

A segurança será apertada durante todo o fim de semana, à semelhança das medidas tomadas durante os Jogos Olímpicos de Paris no início deste ano.

A île de la Cité - a pequena ilha no rio Sena que alberga a Notre-Dame - será encerrada a turistas e não residentes, com acesso restrito a convidados e a quem vive na ilha.

As zonas de visionamento público ao longo da margem sul do Sena acolherão 40 000 espectadores, que poderão seguir as celebrações em ecrãs de grandes dimensões.

A reabertura das portas da catedral pelo arcebispo será seguida de uma cerimónia litúrgica e do despertar do grande órgão, terminando com o concerto comemorativo que honrará o significado cultural e espiritual de Notre-Dame.

Para muitos, o renascimento da Catedral de Notre-Dame não é apenas um feito francês, mas um feito mundial - após a reabertura, a catedral deverá receber 15 milhões de visitantes por ano, contra 12 milhões antes do incêndio.

Após o incêndio de 2019, quase mil milhões de dólares em donativos chegaram rapidamente de todo o mundo, testemunhando o apelo universal de Notre-Dame.

Ir para os atalhos de acessibilidade
Partilhe esta notícia Comentários

Notícias relacionadas

Quem será o próximo primeiro-ministro de França? Esquerda em desacordo depois de Macron se reunir com os socialistas

PM das Bahamas "rejeita firmemente" proposta de Trump para acolher migrantes deportados

Antigo eurodeputado do Partido Brexit admite ter aceitado subornos para defender Rússia