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Autoridades admitem "várias centenas de mortos" em Mayotte após passagem do ciclone Chido

Soldados franceses removem árvores caídas no território ultramarino de Mayotte, 15 de dezembro de 2024
Soldados franceses removem árvores caídas no território ultramarino de Mayotte, 15 de dezembro de 2024 Direitos de autor  AP/AP
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De acordo com os serviços meteorológicos franceses, o Chido trouxe ventos superiores a 220 km/h quando chegou a costa no sábado, arrancando telhados de casas no arquipélago, que tem uma população de pouco mais de 300.000 habitantes.

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Começaram as operações de limpeza no território ultramarino francês de Mayotte, um dia depois de o ciclone Chido ter atravessado o arquipélago.

As imagens divulgadas pela agência francesa de proteção civil mostram os serviços de salvamento e as forças armadas a limparem os destroços e as árvores espalhadas pelas ruas.

O Ministério do Interior francês afirmou que estava a ser difícil obter um número exato de mortos e feridos em Mayotte, mas até agora foram confirmadas oficialmente 11 mortes.

Porém, em declarações a uma estação de televisão local no domingo, o governador francês de Mayotte, François-Xavier Bieuville, disse: "Penso que há várias centenas de mortos, talvez cheguemos perto de um milhar".

Soldados franceses fazem operações de limpeza no território de Mayotte, no Oceano Índico, 15 de dezembro de 2024
Soldados franceses fazem operações de limpeza no território de Mayotte, no Oceano Índico, 15 de dezembro de 2024 AP/AP

Um hospital de Mayotte informou que nove pessoas estavam em estado crítico e 246 outras ficaram feridas.

O ciclone Chido passou pelo sudeste do Oceano Índico, afetando também as ilhas vizinhas de Comores e Madagáscar.

Mayotte encontrava-se diretamente na rota do ciclone e sofreu danos consideráveis no sábado, segundo as autoridades.

De acordo com os serviços meteorológicos franceses, o Chido trouxe ventos superiores a 220 km/h, arrancando telhados de casas no arquipélago, que tem uma população de pouco mais de 300.000 habitantes.

Em algumas áreas, bairros inteiros de barracas e cabanas de metal foram arrasados, enquanto os residentes relataram que muitas árvores foram arrancadas, barcos viraram ou afundaram e o fornecimento de eletricidade foi interrompido.

As autoridades de Mayotte afirmaram que este foi o pior ciclone a atingir o território em quase um século.

O Ministério do Interior francês informou que foram destacados 1.600 agentes da polícia e da gendarmaria para "ajudar a população e evitar potenciais pilhagens".

Mais de 100 socorristas e bombeiros de França e do território vizinho da Reunião foram destacados para Mayotte e um reforço adicional de 140 pessoas foi enviado no domingo.

A França também enviou ajuda para a ilha a bordo de aviões militares.

Mayotte é o departamento mais pobre de França e tem-se debatido com a seca e a falta de investimento.

Também tem sido afetado pela violência de gangs e as tensões aumentaram no início deste ano devido a uma escassez generalizada de água.

Soldados franceses carregam ajuda humanitária para a ilha de Mayotte, 14 de dezembro de 2024
Soldados franceses carregam ajuda humanitária para a ilha de Mayotte, 14 de dezembro de 2024 Laure-Anne Maucorps/AP

O ciclone chegou agora à costa oriental de África, atingindo o norte de Moçambique.

A UNICEF disse que a província de Cabo Delgado, onde vivem cerca de dois milhões de pessoas, foi duramente afetada.

"A UNICEF está preocupada com os impactos imediatos deste ciclone: a perda de vidas, os danos nas escolas, nas casas das pessoas, nas instalações de cuidados de saúde," disse Guy Taylor, diretor de Comunicação da UNICEF Moçambique.

"Estamos também preocupados com os impactos a longo prazo: crianças potencialmente impedidas de aprender durante semanas a fio, pessoas incapazes de ter acesso a cuidados de saúde e a potencial propagação de doenças transmitidas pela água como a cólera e a malária," salientou Taylor.

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