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Diplomatas americanos e russos reúnem-se em Istambul para segunda ronda de conversações

Jornalistas trabalham à porta da residência do cônsul-geral dos EUA, onde diplomatas russos e norte-americanos se encontram para discutir o funcionamento das embaixadas
Jornalistas trabalham à porta da residência do cônsul-geral dos EUA, onde diplomatas russos e norte-americanos se encontram para discutir o funcionamento das embaixadas Direitos de autor  Francisco Seco/AP
Direitos de autor Francisco Seco/AP
De Sertac Aktan com AP
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Diplomatas americanos e russos reúnem-se em Istambul para discutir as operações das embaixadas, com a Ucrânia fora da agenda. Esta é a segunda ronda após as conversações na Arábia Saudita, que assinalaram uma mudança na política dos EUA sob a liderança deTrump.

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Diplomatas da Rússia e dos Estados Unidos reúnem-se em Istambul, esta quinta-feira, para discutir o funcionamento das respetivas embaixadas em Moscovo e Washington.

Esta segunda ronda de reuniões segue-se às conversações entre os dois países na Arábia Saudita, na semana passada, que marcaram uma enorme mudança na política externa dos EUA sob a liderança do presidente Donald Trump e um claro afastamento dos esforços, liderados pelos EUA, para isolar a Rússia devido à invasão da Ucrânia.

Durante as conversações, Moscovo e Washington concordaram em começar a trabalhar para pôr fim à guerra e melhorar os laços diplomáticos e económicos entre ambos.

Algo que inclui o restabelecimento dos efetivos nas embaixadas, que foram duramente afetadas nos últimos anos pela expulsão mútua de diplomatas e outras restrições.

Um funcionário da Embaixada dos EUA em Ancara confirmou que a Ucrânia não fará parte da agenda desta ronda de conversações. Em vez disso, as delegações discutirão questões que afetam o funcionamento das respetivas missões diplomáticas.

As reuniões agora em curso tratam-se de uma preparação para uma cimeira entre Putin e Trump. A última vez que os líderes da Rússia e dos EUA estiveram frente a frente foi na cimeira do G20 em Osaka, em 2019.

Antes do segundo mandato de Trump, os laços entre Moscovo e Washington tinham caído para mínimos desde o tempo da Guerra Fria, depois de a Rússia ter anexado ilegalmente a Crimeia, em 2014, e invadido a Ucrânia, em 2022.

Ainda sem a presença de diplomatas de Kiev

Os funcionários ucranianos não estiveram presentes nas conversações da semana passada e não estarão, também, na reunião desta semana.

O Kremlin insistiu que a reunião tinha como objetivo restabelecer as relações e o diálogo com os Estados Unidos, o que, segundo a mesma fonte, abriria caminho para eventuais conversações de paz.

Em declarações aos jornalistas durante uma visita ao Catar, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, afirmou que os diplomatas irão discutir "os problemas sistémicos que se acumularam em resultado das atividades ilegais da anterior administração [dos EUA] para criar obstáculos artificiais ao trabalho da embaixada russa, às quais nós, naturalmente, demos resposta e também criámos condições desconfortáveis para o trabalho da embaixada americana em Moscovo".

Lavrov acrescentou que, com base no resultado da reunião, "será claro o quão rápido e eficazmente poderemos avançar".

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros turco, Öncu Keçeli, confirmou que as delegações russa e americana se reuniriam a "nível técnico" em Istambul, esta quinta-feira, mas não forneceu pormenores.

Keçeli reiterou também a oferta da Turquia no sentido de “prestar todo o tipo de apoio aos esforços de paz, incluindo o acolhimento de futuras conversações”.

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