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Comissão eleitoral romena suspende candidatura presidencial de Calin Georgescu

ARQUIVO: Calin Georgescu gesticula à saída de um tribunal distrital em Bucareste, 5 de março de 2025
ARQUIVO: Calin Georgescu gesticula à saída de um tribunal distrital em Bucareste, 5 de março de 2025 Direitos de autor  AP Photo
Direitos de autor AP Photo
De Aleksandar Brezar & Euronews Romania
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A candidatura de Georgescu à presidência romena foi suspensa devido a problemas de documentação relacionados com o financiamento da campanha, o que o levou a condenar a decisão como antidemocrática.

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A Comissão Eleitoral Central da Roménia suspendeu a candidatura do candidato presidencial ultranacionalista Calin Georgescu às próximas eleições, provocando condenação e agitação.

O organismo examinou os documentos apresentados por Georgescu mas decidiu não aprovar o documento relacionado com o financiamento da campanha, uma vez que não tinha a assinatura exigida, informa a Euronews Roménia.

A comissão justificou entretanto a decisão num documento de três páginas, afirmando que as ações e declarações de Georgescu são contrárias aos valores que o cargo presidencial exige, ao passo que a sua candidatura vai contra as decisões do tribunal no final de 2024.

Georgescu, apelidado de "Messias do TikTok", venceu a primeira volta das eleições presidenciais romenas em dezembro, que o Tribunal Constitucional do país anulou na sequência da divulgação de relatórios dos serviços secretos que mostravam o envolvimento russo a influenciar eleitores através das redes sociais para apoiarem o então relativamente desconhecido candidato.

As acusações também se prendem com o seu apoio a simpatizantes da Guarda de Ferro, um movimento e partido político fascista e antissemita anterior à Segunda Guerra Mundial, o que é ilegal ao abrigo da lei romena.

Georgescu não tardou a condenar a suspensão, chamando-lhe "mais um golpe direto no coração da democracia em todo o mundo".

"Só tenho uma mensagem: se a democracia na Roménia cair, todo o mundo democrático cairá. Isto é apenas o começo", defendeu no domingo, numa publicação no Facebook.

"A Europa é agora uma ditadura, a Roménia está sob tirania", acrescentou.

De acordo com a lei romena, Georgescu tem o direito de recorrer da decisão, num prazo de 24 horas, ou de apresentar nova candidatura. Já esta segunda-feira, um dos conselheiros do candidato afirmou que Georgescu vai recorrer da decisão, sendo esperada uma decisão na próxima quarta-feira.

A decisão provocou protestos imediatos dos apoiantes de Georgescu, que saíram à rua em Bucareste, capital da Roménia, entrando em confronto com a polícia em frente à sede da comissão eleitoral, no domingo à noite.

Um agente da polícia ficou ferido durante os confrontos ao ser atingido por um objeto contundente, mas está fora de perigo, segundo as autoridades.

Os protestos tornaram-se mais intensos depois de os manifestantes terem atirado pedras da calçada contra a polícia, que se viu obrigada a usar gás lacrimogéneo. Os meios de comunicação social que cobriam as manifestações foram entretanto convidados a abrigar-se, de acordo com os relatos.

"Apelamos aos participantes para evitarem quaisquer violações da lei, manterem a calma, manifestarem-se de forma pacífica e civilizada e prosseguirem o diálogo com as equipas especializadas da gendarmaria", declarou a polícia em comunicado.

A primeira volta das eleições presidenciais na Roménia está prevista para 4 de maio.

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