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Mark Rutte, líder da NATO, reafirma apoio à Ucrânia durante visita surpresa a Odessa

O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, encontra-se com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, em Odessa, 15/04/2025.
O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, encontra-se com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, em Odessa, 15/04/2025. Direitos de autor  Ukrainian Presidential Press Office via AP
Direitos de autor Ukrainian Presidential Press Office via AP
De Euronews com AP
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A visita de Rutte ocorreu dias depois de dois mísseis balísticos russos terem atingido o centro de Sumy, no Domingo de Ramos, matando pelo menos 35 pessoas, incluindo duas crianças, e ferindo outras 119.

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O apoio da NATO à Ucrânia continua “inabalável”, afirmou o secretário-geral da aliança, sublinhando que os aliados já prometeram mais de 20 mil milhões de euros em assistência em matéria de segurança nos primeiros três meses de 2025.

Mark Rutte fez uma visita surpresa à Ucrânia, esta terça-feira, e encontrou-se com o presidente do país, Volodymyr Zelenskyy, na cidade portuária de Odessa, no sul do país.

“Estou aqui hoje porque acredito que o povo ucraniano merece uma paz efetiva, uma autêntica segurança e proteção no seu país, nas suas casas”, disse Rutte, durante uma conferência de imprensa conjunta com Zelenskyy.

Ambos visitaram um hospital na cidade onde se encontraram com soldados ucranianos feridos.

A visita de Rutte ocorreu dias depois de dois mísseis balísticos russos terem atingido o centro da cidade de Sumy, no Domingo de Ramos, matando pelo menos 35 pessoas, incluindo duas crianças, e ferindo outras 119.

A cidade, no nordeste do país, situa-se a cerca de 30 quilómetros da fronteira da Ucrânia com a Rússia.

Este foi o segundo ataque em larga escala em pouco mais de uma semana que resultou em baixas civis significativas.

Esta é também a primeira viagem de Rutte à Ucrânia desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, assumiu a liderança das negociações de cessar-fogo entre Kiev e Moscovo, que incluíram várias rondas de conversações na Arábia Saudita.

“Estas discussões não são fáceis, sobretudo no seguimento desta violência terrível”, disse o líder da NATO, referindo-se aos recentes ataques. “Mas todos nós apoiamos o esforço de paz do presidente Trump.”

A Ucrânia apoiou o acordo de cessar-fogo mais amplo proposto pelos EUA, embora a Rússia tenha efetivamente bloqueado o processo ao impor condições mais exigentes.

Entretanto, a Ucrânia e os seus parceiros europeus continuam a desenvolver as bases para a “Coligação de Interessados”, que deverá funcionar como uma garantia de segurança a longo prazo destinada a dissuadir futuras agressões russas após a entrada em vigor de um cessar-fogo.

Fumo de uma explosão após um ataque de um drone russo em Sumy, 14 de abril de 2025
Fumo de uma explosão após um ataque de um drone russo em Sumy, 14 de abril de 2025 AP Photo

No contexto desta incerteza e dos avisos dos EUA de que a Europa deve ser responsável pela sua própria segurança, bem como pela da Ucrânia, no futuro, a força multinacional é vista como um primeiro teste à vontade do continente de se defender a si próprio e aos seus interesses.

Zelenskyy afirmou que a Turquia pode desempenhar um papel importante na prestação de garantias de segurança no Mar Negro para a Ucrânia.

“Infelizmente, não se trata de acabar com a guerra”, disse Zelenskyy, comentando a reunião de segurança organizada pela Turquia esta terça e quarta-feira.

“Trata-se do que vem depois - as garantias de segurança para a Ucrânia na sequência de um cessar-fogo.”

Os representantes militares da Ucrânia, França, Reino Unido e Turquia estão a discutir a presença de um contingente militar no Mar Negro como parte dessas garantias.

“O facto de estas conversações estarem em curso, de nos estarmos a preparar para esta esperançosa eventualidade, a NATO tenta orientá-las na direção que consideramos aconselhável”, afirmou Rutte.

O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, à esquerda, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, ao centro, visitam um soldado ucraniano ferido num hospital em Odessa
O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, à esquerda, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, ao centro, visitam um soldado ucraniano ferido num hospital em Odessa Gabinete de Imprensa da Presidência da Ucrânia via AP

A reunião na Turquia ocorre menos de um mês depois de os Estados Unidos terem anunciado que a Rússia e a Ucrânia tinham concordado em “abolir o uso da força” no Mar Negro.

No entanto, os principais pormenores continuam por resolver e o Kremlin condicionou o acordo ao levantamento de determinadas sanções ocidentais.

Zelenskyy comentou ainda as negociações em curso com os EUA sobre um projeto revisto de acordo que daria a Washington acesso aos valiosos recursos minerais da Ucrânia, descrevendo as conversações da semana passada, em Washington, como positivas, com mais contactos previstos para os próximos dias.

Zelenskyy afirmou que a reunião foi uma sessão técnica entre equipas de peritos e que “ambas as partes concluíram a reunião com uma nota positiva”.

Zelenskyy acrescentou que as discussões - tanto as que decorreram por via online como pessoalmente - continuarão ao longo da semana e que, quando as equipas estiverem prontas, apresentarão os resultados do seu trabalho.

Editor de vídeo • Lucy Davalou

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