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Egito, Tunísia e Marrocos na lista da UE de países de origem seguros

Um grupo de migrantes aterra em Crotone em 2023
Um grupo de migrantes aterra em Crotone em 2023 Direitos de autor  AP
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De Vincenzo Genovese
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Os pedidos de asilo de migrantes provenientes de países candidatos à UE e de sete outros países serão avaliados através de procedimentos acelerados.

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A Comissão Europeia apresentou na quarta-feira a sua primeira lista de países de origem “seguros” para efeitos de asilo, fornecendo uma lista de Estados a partir dos quais os requerentes de asilo serão objeto de um tratamento acelerado num prazo de três meses.

A Comissão considera que todos os países candidatos preenchem os critérios para serem designados como países de origem seguros, com a exceção temporária da Ucrânia, devido à guerra em curso no seu território. Desta forma, Albânia, Bósnia, Geórgia, Moldova, Montenegro, Macedónia do Norte, Sérvia e Turquia fazem parte da lista. A estes juntam-se outros sete: Kosovo, Bangladesh, Colômbia, Egito, Índia, Marrocos e Tunísia.

Os migrantes de todos estes países raramente são aceites como refugiados na União Europeia, com taxas de reconhecimento iguais ou inferiores a 5%, afirmou um funcionário da UE.

A lista europeia tem agora de ser aprovada pelo Parlamento Europeua e pelos Estados-membros, mas não se destina a substituir as listas nacionais.

De facto, muitos países da UE têm as suas próprias listas de países de origem seguros, cujos cidadãos estão sujeitos a procedimentos de asilo acelerados.

Por exemplo, a lista da Itália abrange 19 países, incluindo o Gana, o Senegal e a Argélia. A Alemanha tem atualmente nove países na lista, mas o novo governo pretende alargá-la significativamente, incluindo a Argélia, a Índia, Marrocos e a Tunísia.

A Comissão afirma que a sua lista comum irá incentivar a convergência entre as listas nacionais dos Estados-membros. A lista da Comissão poderá também ser incluída em futuras propostas sobre a matéria, a fim de simplificar a designação de países de origem seguros, explicou o porta-voz da UE.

A lista da UE de países de origem seguros é também “dinâmica”, o que significa que os países podem ser retirados ou que podem ser incluídos novos países. A Comissão irá rever regularmente as condições de cada país na lista, disse o funcionário, acrescentando: “O facto de um país não constar da lista não significa que não seja necessariamente seguro”.

A designação de países de origem seguros tem-se revelado controversa.

Em vários Estados-membros, os tribunais bloquearam a deportação de um migrante ou o tratamento do seu pedido de asilo no âmbito de um procedimento acelerado, com base no facto de o seu país de origem não poder ser considerado seguro.

Num acordo entre os dois países ficou estipulado que Itália enviaria para centros na Albânia, requerentes de asilo do Bangladesh e do Egito, na pendência de avaliações de asilo pelas autoridades italianas no âmbito de um procedimento acelerado.

Mas os tribunais italianos bloquearam as transferências, remetendo o caso para o Tribunal de Justiça da UE, porque não era claro se os países de origem podiam ser considerados totalmente seguros.

A Comissão tem em conta este problema na sua lista, oferecendo aos Estados-membros a possibilidade de excluírem partes de um país seguro da designação.

O conceito de país de origem seguro difere do conceito de país terceiro seguro, que se destina a designar os países terceiros para onde os requerentes de asilo rejeitados na UE podem ser deportados.

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