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As mulheres estão a ultrapassar os homens no emprego cultural na UE?

As disparidades entre homens e mulheres no emprego cultural na UE passaram de 6,4 pontos percentuais em 2015 para 0,8 pontos percentuais em 2024.
As disparidades entre homens e mulheres no emprego cultural na UE passaram de 6,4 pontos percentuais em 2015 para 0,8 pontos percentuais em 2024. Direitos de autor  Euronews
Direitos de autor Euronews
De Mert Can Yilmaz & Inês Trindade Pereira
Publicado a
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O ano de 2024 marca a menor disparidade de género no emprego cultural da última década. No entanto, os homens continuam a ganhar mais do que as mulheres em 26 Estados-Membros.

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De acordo com os últimos dados do Eurostat, as disparidades entre homens e mulheres no emprego no setor cultural na UE diminuíram de 6,4 pontos percentuais em 2015 para 0,8 pontos percentuais em 2024.

Esta foi a menor diferença de género no emprego no setor cultural da UE em 10 anos.

Em 16 países da União Europeia, a percentagem de mulheres com emprego cultural excedeu a dos homens. Entre estes, a Letónia e a Estónia registaram as maiores diferenças, com 32,6 pontos percentuais e 24,2 pontos percentuais, respetivamente, a favor das mulheres.

Em contrapartida, em 11 países da UE, a percentagem de emprego cultural era mais elevada para os homens, tendo as percentagens mais elevadas sido registadas em Espanha e Itália.

A Grécia, a Roménia e a Áustria quase não registaram disparidades entre homens e mulheres no emprego cultural.

Cerca de 27,7% das mulheres com emprego cultural eram trabalhadoras independentes, em comparação com 35,6% dos homens.

Entretanto, 81,9% dos homens trabalhavam a tempo inteiro, ao passo que para as mulheres este valor era significativamente inferior, situando-se nos 70%.

Embora a diferença entre homens e mulheres no emprego cultural tenha diminuído significativamente, este equilíbrio ainda não se reflete nos rendimentos.

Em 26 dos 27 países da UE, os homens ganham mais do que as mulheres neste setor.

Em 2022, a remuneração horária bruta dos homens no setor cultural era, em média, 13,5% superior à das mulheres na UE.

O setor mais desequilibrado foi o da "impressão e reprodução de contéudos", com um quarto das mulheres a auferir baixos salários, em comparação com 12,4% dos homens.

A esta categoria seguem-se as "atividades de produção de filmes, de vídeo e de programas de televisão, de gravação de som e de edição de música", com 23% de mulheres com baixos salários, em comparação com 15,1% de homens.

Verifica-se igualmente uma distribuição desequilibrada dos cargos de decisão entre homens e mulheres.

Na última década, a percentagem de mulheres que ocupam cargos de direção foi sempre inferior a 50%.

Como é que os diferentes géneros participam nas atividades culturais?

As mulheres participaram em atividades culturais mais do que os homens em todos os grupos etários, exceto para as pessoas com 65 anos ou mais em 2022.

As taxas de participação das mulheres excederam as dos homens em 17 dos 26 países da UE.

A Dinamarca registou a taxa de participação mais elevada para as mulheres (79,6%), enquanto o Luxemburgo registou a taxa mais elevada para os homens (77,5%).

O país com a taxa de participação mais baixa em atividades culturais, tanto para as mulheres como para os homens, foi a Bulgária, com taxas de 20,5% para as mulheres e 18,7% para os homens.

Segue-se a Roménia (21,8% para as mulheres e 22,7% para os homens) e a Croácia (33,6% para as mulheres e 31,1% para os homens).

"Isto indica que, apesar da ligeira prevalência de mulheres que participam em atividades culturais na maioria dos países da UE, não se observam fortes desigualdades nesta área", afirma o estudo do Eurostat.

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