"Um inferno na terra", foi assim que o presidente da Câmara de Ponte da Barca descreveu o estado do incêndio que já lavra há três dias. Já morreram animais e foram destruídos anexos, fogo ameaça agora casas.
O incêndio que começou no sábado, perto das 22h, no lugar da Parada, na freguesia de Lindoso, ainda está ativo e "descontrolado", segundo declarou o presidente da Câmara Municipal de Ponte da Barca, Augusto Marinho.
Os "muitos reacendimentos" próximos das populações e ameaçar as habitações está a preocupar toda a gente. " É o inferno na terra", declarou.
Estão atualmente no terreno 400 profissionais, 130 meios terrestres e 5 meios aéreos, entre eles espanhóis.
A parte galega do Parque Natural do Gerês está particularmente afetada.
O combate está a tornar-se muito difícil devido às condições do vento e aos difíceis acessos.
O vice-presidente da Câmara da Ponte da Barca confirmou à CNN, por volta das 19h, que a aldeia de Ermida está prestes a ser evacuada devido à ameaça das habitações.
As chamas já provocaram graves prejuízos, "matando gado e consumindo anexos e alfaias agrícolas", disse o presidente da Câmara.
Devido ao cenário, o munícipio ativou esta segunda-feira o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil o que obriga cidadãos e entidades privadas " a prestar às autoridades de proteção civil a colaboração pessoal que lhes for requerida, respeitando as ordens, orientações e solicitações que lhes sejam dirigidas".
Um carro de bombeiros que seguia numa coluna de ajuda ao combate ao incêndio sofreu um acidente, ferindo os cinco bombeiros tripulantes. O acidente ocorreu ao quilómetro 71.5 da A3, no sentido Porto/Valença.
Na sexta-feira a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil tinha emitido o alerta para o agravamento do perigo de incêndio rural devido ao aumento das temperaturas, que podiam superar os 40°C.
Vaga de incêndios lavra um pouco por toda a Europa com ocorrências nos últimos dias em países como a Turquia, Albânia e Chipre.