União Europeia acusa Google de concorrência desleal e sugere venda de parte do negócio

Margrethe Vestager, Comissária Europeia para a Concorrência, fala sobre o caso da Google esta quarta-feira
Margrethe Vestager, Comissária Europeia para a Concorrência, fala sobre o caso da Google esta quarta-feira Direitos de autor Virginia Mayo/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
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Comissão Europeia considera, a título preliminar, que só venda de parte dos serviços da gigante tecnológica acabaria com as preocupações de Bruxelas

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Num parecer preliminar, a Comissão Europeia acusou esta quarta-feira a Google de violar as regras antitrust (antimonopólio) da União Europeia ao distorcer a concorrência no setor da tecnologia da publicidade. 

Bruxelas diz que a gigante tecnológica favorece os próprios serviços de tecnologia da publicidade (_adtech_em inglês), em detrimento de editores, anunciantes e fornecedores dos mesmos serviços rivais.

A UE considera, a título preliminar, que só a alienação pela Google de uma parte dos serviços permitiria dar resposta às preocupações do bloco.

As acusações decorrem de uma investigação formal da Comissão, aberta em junho de 2021.

A UE tem liderado o movimento global para reprimir as grandes empresas tecnológicas. Até hoje, tem-se apoiado na emissão de multas de grande envergadura, incluindo três sanções antitrust contra a Google no valor de milhares de milhões de euros.

É a primeira vez que o bloco sugere a um gigante da tecnologia que divida as chaves do seu negócio.

A Google pode agora defender-se, apresentando os seus argumentos antes de a Comissão tomar a decisão final. A multinacional ainda não respondeu a pedidos de comentário.

A empresa de tecnologia de publicidade da Google está também a ser investigada pelo organismo britânico de vigilância antitrust e enfrenta um processo judicial nos Estados Unidos.

Bruxelas já aplicou à Google multas no valor de mais de 8 mil milhões de euros em três casos antitrust distintos, que envolviam o seu sistema operativo móvel Android e os serviços de publicidade de compras e de pesquisa.

A empresa está a recorrer das três sanções. No ano passado, um tribunal da UE reduziu ligeiramente a coima do Android para 4,125 milhões de euros. 

Os reguladores da UE têm o poder de impor sanções até 10% das receitas anuais de uma empresa.

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