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Após críticas, chefe do departamento de tecnologia da UE defende aplicação da legislação digital pela Comissão

Henna Virkkunen discursa no Parlamento Europeu.
Henna Virkkunen discursa no Parlamento Europeu. Direitos de autor  Alexis HAULOT/ European Union 2025 - Source : EP
Direitos de autor Alexis HAULOT/ European Union 2025 - Source : EP
De Cynthia Kroet & Video by Gregoire Lory, Vincenzo Genovese
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Os eurodeputados pediram à Comissão Europeia uma ação mais rápida e mais forte no que respeita às regras relativas às plataformas, à luz dos recentes desenvolvimentos no X e no Meta.

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A Comissária Europeia responsável pela área da tecnologia defendeu, esta terça-feira, perante os eurodeputados, a aplicação das regras relativas às plataformas online, depois de os legisladores a terem instado a intervir contra os diretores executivos da área da tecnologia, incluindo o bilionário Elon Musk, proprietário da X, por alegadas violações da Lei dos Serviços Digitais (DSA).

"A interferência estrangeira exige uma resposta forte", afirmou Henna Virkkunen, Comissária responsável pela soberania, segurança e democracia no domínio da tecnologia.

"Nos últimos dias, a Comissão Europeia pediu ao X que fornecesse informações sobre os sistemas de recomendação. É necessária uma aplicação forte e atempada, bem como decisões que resistam em tribunal", afirmou a Comissária.

"Vou avançar com os processos e chegar a conclusões tão sólidas quanto possível, com provas sólidas", acrescentou.

Virkkunen também disse que planeia aumentar para 200 o número de funcionários que trabalham no DSA, que entrou em vigor em 2023.

Durante um debate em Estrasburgo, os legisladores instaram a Comissão a encerrar os inquéritos pendentes ao abrigo do DSA, à luz da recente interferência estrangeira nas plataformas de redes sociais nas eleições romenas e alemãs.

O debate foi convocado depois de os eurodeputados de todo o espetro político terem manifestado a sua preocupação com os alegados abusos cometidos por Musk, incluindo a suspeita de interferência antes da votação alemã relacionada com a entrevista do líder do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha na sua plataforma no início deste mês.

O DSA, que entrou em vigor em 2023, exige que as maiores plataformas em linha da UE atenuem os riscos relacionados com os seus conteúdos e assegurem um elevado nível de transparência.

Investigações urgentes

Iratxe Garcia Perez (Espanha/S&D) afirmou que a Europa se encontra num "ponto crucial para a defesa das democracias".

"As redes sociais eram vistas como uma ferramenta para o progresso, mas são agora uma arma perigosa nas mãos daqueles que querem atacar os valores da UE. O silêncio da Comissão não é aceitável. Precisamos de mostrar liderança por parte da UE".

"Temos de garantir que as sanções são tomadas sem hesitação quando as violações são confirmadas", disse Andreas Schwab (Alemanha/PPE), apelando a que seja dada prioridade à aplicação legal.

Depois de semanas de silêncio, é preciso agir com firmeza e rapidez", Alexandra Geese (Alemanha, Verdes).

"Precisamos de investigações urgentes para identificar o mecanismo que leva à desinformação, acabar com os sistemas de recomendação online e apoiar melhores redes sociais, que não possam ser controladas por oligarcas tecnológicos", acrescentou Alexandra Geese.

O copresidente do grupo ECR, Nicola Procaccini, afirmou que os pedidos de aplicação mais rigorosa do DSA são "uma reação excessiva ao declínio do domínio da esquerda sobre o discurso político nas redes sociais e à diminuição da influência do pensamento progressista".

A Comissão lançou vários inquéritos por incumprimento do DSA, mas nenhum deles foi concluído. Em julho passado, o executivo da UE emitiu conclusões preliminares na investigação da X, afirmando que os seus controlos azuis constituem "padrões obscuros" que violam o DSA.

O X, antigo Twitter, dispõe agora de um prazo para responder por escrito.

Para além do DSA, a Comissão está também a trabalhar no chamado Escudo da Democracia - um plano que visa combater a desinformação estrangeira e as ameaças internas. A Comissão vai lançar em breve uma consulta pública sobre este plano, afirmou Virkkunen.

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