"A forma como esperamos que as pessoas utilizem a Internet no futuro... a experiência de conversação num browser pode ser um ótimo equivalente", afirma Sam Altman.
A OpenAI entrou num novo "campo de batalha" online contra a Google com o lançamento do seu browser alimentado por IA, a que deu o nome de ChatGPT Atlas.
A ferramenta foi apresentada na terça-feira numa transmissão em direto, com o diretor-executivo da empresa, Sam Altman, a descrever o Atlas da seguinte forma: "A forma como esperamos que as pessoas utilizem a Internet no futuro... a experiência de conversação num browser pode ser um ótimo equivalente".
A empresa indicou que a ferramenta estava disponível "a nível global", incluindo na Europa: no macOS a partir de terça-feira, mas para Windows, iOS e Android tal seria "para breve".
O que consegue fazer?
Uma das principais funcionalidades que a empresa destaca é a memória, o que significa que o navegador pode ver e recordar as páginas consultadas, para tornar a pesquisa mais personalizada. Essas “memórias” também podem ser vistas e geridas pelo utilizador, o que pode ser útil quando se deseja consultar o histórico de navegação.
Também tem uma modalidade com capacidade de atuação, através da qual o ChatGPT tomará medidas por si mesmo, como fazer compras ou editar um documento em que esteja a trabalhar.
Um browser construído com o ChatGPT aproxima-nos de um verdadeiro super-assistente que compreende o mundo do utilizador e ajuda-o a atingir os seus objetivos, afirmou a empresa.
No entanto, esse "modo de agente" só está disponível para os utilizadores do ChatGPT Plus e Pro, por enquanto.
O que acontece com os seus dados?
A OpenAI afirmou que é possível limpar o histórico de navegação ou fazer pesquisas em modo incógnito. Também indicou que o conteúdo consultado não é utilizado para treinar os modelos de IA da empresa.
A empresa disse também que os mesmos controlos parentais configurados para o ChatGPT serão transferidos para o Atlas. Os controlos parentais no Atlas também incluirão a opção para os pais desativarem as memórias do navegador e o "modo de agente".
A guerra dos navegadores de IA
O Google é o navegador de Internet dominante e, em setembro, a empresa referiu que iria incorporar o seu assistente de IA Gemini no Chrome e, mais tarde, adicionar funcionalidades para realizar tarefas como compras e agendamento de compromissos.
Entretanto, a Perplexity já lançou um navegador alimentado por IA para otimizar pesquisas e até mesmo fazer compras na Amazon.