O relatório do Istituto Superiore di Sanità confirmou na quinta-feira o aumento dos casos de infeção em Itália. O que preocupa não é o número, que está de acordo com os anos anteriores, mas a distribuição geográfica. 65% dos casos registam-se na província de Latina.
A Itália confirmou pelo menos 32 casos de infeção pelo vírus do Nilo Ocidental em 2025, a maioria dos quais na província de Latina, cerca de cem quilómetros a sul de Roma.
A informação foi divulgada no relatório semanal publicado na quinta-feira pelo Istituto Superiore di Sanità (Iss), especificando que "a tendência epidemiológica está em linha com a dos anos anteriores", enquanto a sua distribuição geográfica "parece bastante diferente".
Os outros casos da infeção, que provoca febre alta e erupções cutâneas, foram registados no Piemonte, no Veneto, na Emília-Romana e na Campânia. Entre os casos confirmados, registaram-se até agora duas mortes, uma em Fondi e outra na província de Novara.
"O vírus do Nilo Ocidental é endémico no nosso país há vários anos", sublinhou Anna Teresa Palamara, diretora do Departamento de Doenças Infecciosas do Iss, "todas as medidas estão em vigor, incluindo as que visam proteger os transplantes e as transfusões".
"Recordemos que 80% dos casos de infeção pelo Nilo Ocidental são assintomáticos e que o risco de consequências graves é maior para as pessoas mais frágeis", afirmou Palamara.
A região do Lácio confirmou na quinta-feira doze novos casos positivos ao vírus, na sequência de testes efetuados pelo Instituto Nacional de Doenças Infecciosas do hospital Spallanzani, em Roma.
Os novos casos, que se incluem no número total de 21 no Lácio, foram registados em Aprilia, Cisterna di Latina, Fondi, Latina, Pontinia, Priverno, Sezze e Sabaudia.
Como explica o Iss no seu sítio Web, a febre do Nilo Ocidental deve-se a um vírus da família Flaviviridae, isolado pela primeira vez em 1937 no Uganda, no distrito do Nilo Ocidental, de onde provém o seu nome.
Os reservatórios do vírus são as aves selvagens e os mosquitos (mais frequentemente do tipo Culex), cujas picadas são o principal meio de transmissão aos seres humanos, uma vez que não há contágio de pessoa a pessoa.