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Doenças crónicas: mortes diminuem, mas progressos estagnaram

Pacientes na sala de espera de um consultório médico.
Pacientes na sala de espera de um consultório médico. Direitos de autor  Canva
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De Gabriela Galvin
Publicado a Últimas notícias
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Os países da Europa estão no topo e no fundo do pelotão quando se trata de doenças crónicas.

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As mortes por doenças crónicas como o cancro, doenças cardíacas e doenças neurológicas diminuíram em quase todo o mundo. Mas os progressos estagnaram nos últimos anos, de acordo com um novo estudo.

Investigadores da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Imperial College London e de outras instituições estimaram o risco de morte por doenças crónicas em 185 países e territórios.

Descobriram que a mortalidade por doenças crónicas diminuiu em cerca de 80% dos países na década de 2010, mas que estas melhorias foram muito mais lentas do que na década anterior, sobretudo nos países ricos da Europa, América do Norte, Ásia e região do Pacífico.

A nível mundial, o peso das doenças crónicas "continua a ser inaceitavelmente elevado", afirmou Leanne Riley, uma das autoras do estudo e chefe da unidade de vigilância, monitorização e informação da OMS, num comunicado.

Entre os países desenvolvidos ricos, o pior desempenho incluiu a Alemanha, que registou alguns dos menores declínios nas mortes por doenças crónicas na década de 2010. Apenas os Estados Unidos tiveram uma pontuação pior. Embora a mortalidade tenha diminuído globalmente na Alemanha, as mulheres na casa dos 30 anos e as pessoas com idades compreendidas entre os 65 e os 75 anos registaram pequenos aumentos relacionados com as mortes por cancro do pulmão e demência.

Entretanto, três países nórdicos - Dinamarca, Noruega e Suécia - registaram algumas das maiores melhorias entre os países ocidentais ricos, apesar de ter havido pouco abrandamento na década de 2010, segundo o relatório. Este facto deve-se, em grande parte, à diminuição das mortes entre os adultos em idade ativa.

Os investigadores apelidaram a Dinamarca de "referência regional" do Ocidente em matéria de mortes por doenças crónicas.

Os países da Europa Central e Oriental registaram, em geral, melhorias na década de 2010, tendo a Moldova registado o maior declínio no risco de doenças crónicas. Na Rússia e em alguns outros países da região, as políticas de controlo do álcool terão desempenhado um papel importante, segundo os investigadores.

O estudo foi publicado na revista médica The Lancet antes de uma reunião de alto nível na Assembleia Geral das Nações Unidas no fim deste mês, que se vai centrar nas doenças crónicas.

Espera-se que os países assinem um compromisso político para reduzir as doenças crónicas e melhorar a saúde mental, embora estes acordos não se traduzam frequentemente em políticas nacionais ou num aumento do financiamento.

Os investigadores afirmaram que as conclusões mostram a necessidade de mais investimento para combater as doenças crónicas e apelaram a esforços para garantir que as soluções cheguem às pessoas mais afetadas por estes problemas de saúde.

Majid Ezzati, um dos autores do estudo e professor do Imperial College de Londres, citou as políticas de controlo do tabaco e do álcool, o acesso a medicamentos para a diabetes, os rastreios do cancro e os tratamentos para o enfarte do miocárdio como prioridades fundamentais.

"Em muitos países, os programas de saúde eficazes (...) podem não estar a chegar às pessoas que deles necessitam e estas estão a ser deixadas de fora do sistema de saúde", afirmou Ezzati.

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