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Mortes por cancro em todo o mundo deverá aumentar quase 75% nos próximos 25 anos, alerta um estudo

Um profissional de saúde segura a mão de um doente.
Um profissional de saúde segura a mão de um doente. Direitos de autor  Canva
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De Gabriela Galvin
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Prevê-se que os países com rendimentos mais baixos sejam os mais afetados pelo aumento previsto de novos casos de cancro e de mortes.

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O número de mortes por cancro em todo o mundo deverá aumentar quase 75% nos próximos 25 anos, apesar dos avanços nos tratamentos e dos esforços para reduzir os factores de risco, segundo uma nova análise.

Este aumento significa que 18,6 milhões de pessoas deverão morrer de cancro em 2050. Prevê-se que os novos casos de cancro aumentem mais de 60% nesse período, atingindo 30,5 milhões, de acordo com o relatório publicado na revista médica Lancet.

Segundo o estudo, o crescimento demográfico e o envelhecimento da população deverão ser os factores responsáveis por grande parte destes aumentos

Atualmente, mais de 40% das mortes por cancro estão associadas a 44 fatores de risco "modificáveis", como o tabagismo, uma alimentação pouco saudável e níveis elevados de açúcar no sangue, segundo a análise.

Os fatores de risco modificáveis desempenharam um papel importante em 46% das mortes por cancro entre os homens em 2023, principalmente devido ao tabaco, à alimentação, ao álcool, aos riscos profissionais e à poluição atmosférica.

Entre as mulheres - para as quais 36% das mortes por cancro estavam associadas a riscos modificáveis - os principais fatores foram o tabaco, o sexo não seguro, a dieta, a obesidade e o açúcar elevado no sangue.

"Existem enormes oportunidades para os países se orientarem para estes fatores de risco, prevenindo potencialmente os casos de cancro e salvando vidas", afirma Theo Vos, um dos autores do estudo e investigador do Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME), sediado nos EUA.

O relatório abrangeu 47 tipos de cancro em 204 países e territórios, acompanhando os casos e as mortes de 1990 a 2023 e projectando depois esses números até 2050.

Em 2023, registaram-se 18,5 milhões de novos casos de cancro e 10,4 milhões de mortes em todo o mundo, ambos aumentos significativos desde 1990. No entanto, as taxas de mortalidade diminuíram devido, em grande parte, a declínios nos países mais ricos.

Prevê-se que o fardo crescente do cancro atinja mais duramente os países de baixo rendimento nos próximos anos. De acordo com a análise, estes países serão responsáveis por mais de metade dos novos casos de cancro e por dois terços das mortes até 2050.

Meghnath Dhimal, do Conselho de Investigação em Saúde do Nepal, que também colaborou no estudo, classificou o crescente fardo do cancro nestes países como "uma catástrofe iminente".

Os investigadores apelaram a um melhor acesso a diagnósticos de cancro mais rápidos e mais precisos, a tratamentos de qualidade e a cuidados de apoio, em especial nos países de baixos rendimentos.

"Existem intervenções eficazes em termos de custos para o cancro em países em todas as fases de desenvolvimento", afirmou Dhimal.

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