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Turistas preferem norte da Europa para fugirem às vagas de calor

Turistas embarcam num ferry turístico na zona histórica do porto de Nyhavn, em Copenhaga, Dinamarca, no domingo, 28 de julho de 2024.
Turistas embarcam num ferry turístico na zona histórica do porto de Nyhavn, em Copenhaga, Dinamarca, no domingo, 28 de julho de 2024. Direitos de autor James Brooks/AP
Direitos de autor James Brooks/AP
De  Roselyne MinEuronews
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O número de turistas italianos e franceses que visitaram a região da capital da Dinamarca em junho aumentou 23% desde 2019.

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O sul da Europa tem sido, ao longo dos anos, a região escolhida pelos turistas para as suas férias de verão, contudo o aquecimento que se tem vindo a sentir, com extensas vagas de calor, faz os turistas optar por outros destinos.

A Dinamarca tem sido para muitos a fuga perfeita para o verão devido às temperaturas amenas e prolongamento das horas de luz do dia.

De acordo com o relatório recentemente publicado pelo Instituto Dinamarquês de Meteorologia (DMI), a temperatura média nacional em julho de 2024 foi de 16,2°C.

No mesmo período, em julho, mas do lado completamente oposto da moeda, estão as temperaturas de países como a a Itália, Espanha ou Grécia que enfrentaram uma severa onda de calor com temperaturas de 40 graus a colocar várias regiões em aviso vermelho.

Assim, não é surpreendente que muitos turistas estejam a escolher a Dinamarca como destino de férias. O número de turistas italianos e franceses que visitaram a região da capital da Dinamarca em junho aumentou 23% desde 2019.

“Estamos aqui de férias porque, de momento, está muito calor na Grécia. Por isso, decidimos ir para um sítio a norte para ver algo diferente e ter bom tempo", partilha com a Euronews um turista vindo da Grécia.

Também alguns turistas de Espanha evocam o excesso de calor no seu país para escolher a Dinamarca como destino. "Nas Ilhas Canárias, acho que está melhor, talvez 25 ou 30 graus, mas em Madrid, tivemos uma onda de calor durante três semanas seguidas, com temperaturas mínimas de 30 graus e máximas de 40", diz Sofia.

Zêlandia: a maior e mais povoada ilha da Dinamarca

A sul da Dinamarca, a cerca de 80 km da capital Copenhaga, encontramos a ilha da Zelândia que é um destino especialmente emergente para quem procura umas férias de verão frescas.

Um estabelecimento de bed and breakfast na cidade de Præstø, na região da Zelândia , diz ter registado um aumento de visitantes do sul da Europa de 5% para 30% nos últimos três anos. “Nos últimos dois anos, temos visto muito mais turistas do sul da Europa. E o tema é a onda de calor, que é, na verdade, a primeira coisa que se responde à pergunta «Porque é que está a visitar a Dinamarca?»”, partilha Filip Rasmussen, proprietário do Jungshoved Præstegaard.

“Aqui é ideal para nós. Estão 25 graus durante o dia e à noite podemos usar uma camisola, ou um casaco leve É muito agradável. Podemos praticar desporto, porque gostamos de correr e não está demasiado calor para isso, o que é ótimo", diz uma turista de França.

As agências de turismo dinamarquesas congratulam-se com o aumento do número de turistas. “Temos todo o gosto em dizer venham refrescar-se durante algumas semanas aqui no norte e descubram a nossa bela natureza e cultura”, apela Martin Bender, diretor executivo da Visit Sydsjælland & Møn.

Apesar de o tema do calor ser muito associado a esta tendência crescente de turistas, as agências enfatizam que outros fatores, como a natureza e a experiência culinária, são também determinantes para a crescente popularidade da Dinamarca.

Este fenómeno de mudança dos hábitos dos turistas devido às alterações climáticas dá-se o nome de “coolcations”, isto é, os destinos de férias são escolhidos pelo seu clima mais fresco. Não só a Dinamarca, como também a Bélgica e a Suécia estão a usufruir desta nova tendência de turismo.

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