O governo espanhol vai converter 53 mil apartamentos turísticos em habitação permanente para arrendamento, após ter detetado irregularidades no registo nacional. Andaluzia, Ilhas Canárias, Catalunha e Comunidade Valenciana representam a maioria dos casos.
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O governo espanhol anunciou a retirada de cerca de 53.000 apartamentos turísticos do Registo Único de Arrendamento Turístico e Sazonal, que passarão a ser arrendamentos permanentes. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro socialista, Pedro Sánchez, durante um evento do partido no domingo, em Málaga.
"Detetámos milhares de irregularidades em muitas destas casas que se destinam ao arrendamento para férias e turismo. E o que vamos fazer é retirar 53.000 casas deste registo para que se tornem arrendamentos permanentes para os jovens e as famílias do nosso país", afirmou.
O Ministério da Habitação já pediu às plataformas de alojamento turístico, como a Airbnb e a Booking.com, para retirarem os anúncios destes alojamentos. No domingo, a Airbnb emitiu um comunicado dizendo que "este é um novo capítulo para a Airbnb em Espanha, definido por um compromisso proativo de colaboração, qualidade e uma visão de longo prazo de crescimento sustentável que beneficia todos".
De acordo com a empresa, que já teve vários problemas com o governo espanhol, cerca de 70.000 anúncios adicionais apresentam agora um número de registo oficial, elevando a percentagem de alojamentos que cumprem esta obrigação para a grande maioria.
No entanto, em colaboração com o Ministério da Habitação, a popular plataforma descobriu que menos de 10% dos registos nacionais revogados ainda estão associados a anúncios ativos, que serão cancelados imediatamente, segundo a empresa.
Andaluzia, a região com mais apartamentos turísticos revogados
A Andaluzia lidera a lista das regiões com mais registos de apartamentos turísticos anulados, com 16.740 casos. Seguem-se as Ilhas Canárias com 8.698, a Catalunha com 7.729, a Comunidade Valenciana com 7.499, a Galiza com 2.640, as Ilhas Baleares com 2.373, Madrid com 1.531 e Múrcia com 1.402.
O Ministério da Habitação destaca uma particularidade na Comunidade de Madrid, onde 83% dos pedidos de registo correspondem a alugueres temporários, enquanto apenas 17% foram apresentados como alugueres turísticos.
Em termos de cidades, a maior concentração de registos cancelados encontra-se em Sevilha (2.289), seguida de Marbella (1.802), Barcelona (1.564), Málaga (1.471), Madrid (1.257) e Benalmádena (926).