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NATO promete combater interferência russa após avião de von der Leyen ter perdido sinal GPS na Bulgária

Um helicóptero militar romeno ao lado do avião que transportava Ursula von der Leyen durante a sua visita à base aérea de Mihail Kogalniceanu, 1 de setembro de 2025
Um helicóptero militar romeno ao lado do avião que transportava Ursula von der Leyen durante a sua visita à base aérea de Mihail Kogalniceanu, 1 de setembro de 2025 Direitos de autor  AP Photo
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De Gavin Blackburn
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"Estamos todos no flanco oriental agora, quer vivamos em Londres ou em Tallinn", disse o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, na terça-feira, em comentário às consequências do incidente ocorrido no dia anterior.

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A NATO está a trabalhar para combater a interferência da Rússia em voos civis, afirmou o líder da aliança na terça-feira, dois dias depois de um avião que transportava a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ter perdido a capacidade de utilizar a navegação GPS em pleno espaço aéreo búlgaro.

O avião aterrou em segurança no domingo, mas as autoridades búlgaras indicaram suspeitar que a Rússia estava por detrás da interferência.

Todo o continente está sob "ameaça direta dos russos", afirmou o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, durante uma conferência de imprensa no Luxemburgo com o primeiro-ministro e o ministro da Defesa do ducado.

"Estamos todos no flanco oriental agora, quer vivamos em Londres ou em Tallinn."

"Isto está a ser levado muito a sério", acrescentou Rutte, dizendo ainda: "posso garantir-vos que estamos a trabalhar dia e noite para combater isto, para impedi-lo e para garantir que não voltam a fazê-lo".

O líder da NATO, Mark Rutte, o primeiro-ministro do Luxemburgo, Luc Frieden, e a ministra da Defesa do Luxemburgo, Yuriko Backes, numa conferência de imprensa no Luxemburgo
O líder da NATO, Mark Rutte, o primeiro-ministro do Luxemburgo, Luc Frieden, e a ministra da Defesa do Luxemburgo, Yuriko Backes, numa conferência de imprensa no Luxemburgo AP Photo

Rutte afirmou que a interferência faz parte de uma campanha complexa de ameaças híbridas por parte da Rússia, como o corte de cabos submarinos de energia e comunicações no Mar Báltico e um ataque informático ao serviço de saúde do Reino Unido.

"Sempre detestei a palavra 'híbrido' porque soa tão fofinha, mas híbrido é exatamente essa interferência em aviões comerciais, com efeitos potencialmente desastrosos", constatou Rutte.

Rastreio de alegados ataques russos

O ataque que afetou o GPS de von der Leyen é o mais recente de uma campanha de perturbações em toda a Europa atribuída à Rússia, que o chefe do serviço britânico de inteligência estrangeira descreveu como "incrivelmente imprudente".

Desde a invasão total da Ucrânia por Moscovo, em 2022, as autoridades ocidentais acusaram a Rússia e os seus representantes de encenar dezenas de ataques de guerra híbrida, desde vandalismo a fogo posto e tentativas de assassinato.

A interferência de rádio proveniente da Rússia inclui o bloqueio — quando um sinal de rádio forte sobrepõe-se às comunicações — e a falsificação, que passa por induzir um recetor a pensar que está num local ou tempo diferente.

Pessoas descansam numa estação de metro usada como abrigo antiaéreo durante um ataque russo em Kiev, 2 de setembro de 2025
Pessoas descansam numa estação de metro usada como abrigo antiaéreo durante um ataque russo em Kiev, 2 de setembro de 2025 AP Photo

"A ameaça dos russos aumenta a cada dia. Não sejamos ingénuos: isso também pode envolver, um dia, o Luxemburgo, pode chegar aos Países Baixos", referiu Rutte.

"Com a mais recente tecnologia russa de mísseis, por exemplo, a diferença entre a Lituânia, na linha da frente, e o Luxemburgo, Haia ou Madrid é de cinco a dez minutos. É esse o tempo que este míssil demora a chegar a estas partes da Europa".

A Bulgária não vai investigar a interferência no avião de von der Leyen porque "essas coisas acontecem todos os dias", afirmou o primeiro-ministro, Rosen Zhelyazkov, na terça-feira. Disse ainda que este se tratava de um dos efeitos secundários da guerra russa na Ucrânia e que já tinha ocorrido em toda a Europa.

Nem o Kremlin nem von der Leyen comentaram publicamente o incidente.

Outras fontes • AP

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