Manassero: "Quero ser campeão olímpico no Rio"

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Matteo Manassero é um dos grandes prodígios do golfe mundial. Com apenas 17 anos venceu dois torneios do circuito europeu tornando-se no mais jovem golfista de sempre a conseguir este feito. Foi nomeado rookie do ano em 2010 e aos 19 anos já faz parte da elite mundial do golfe. O novo Tiger Woods, como é apelidado, foi terceiro no Open de Itália e a menos de uma semana do início da Ryder Cup, a euronews encontrou Matteo Manassero precisamente em Turim.

Cláudia Garcia, euronews: Matteo Manassero, Rory McIlroy e Tiger Woods têm apaixonado os adeptos do golfe com duelos fantásticos no PGA Tour. Também tu os segues?

Matteo Manassero: Sim sigo. É uma bela luta. Rory está a jogar um golfe excecional. Está acima de qualquer jogador neste momento. Tiger Woods está também a jogar muito bem e criou-se uma luta muito renhida e fantástica para quem está fora.

euronews: Na Ryder Cup quem pensas que pode ser mais influente para a equipa. McIlroy para a Europa ou Tiger Woods para os Estados Unidos?

M. Manassero: Na minha opinião Rory será fundamental para a Europa. É a ponta do diamante, mas a Ryder nunca é fácil. Se Rory aproveitar todo o seu potencial, será muito importante para a Europa, mas vai ser muito difícil bater Tiger Woods em Medinah. Apesar de ele este ano não ter um recorde assim tão bom como durante a sua carreira na Ryder.

euronews: Tiger Woods parece ter regressado aos grandes momentos de golfe a que nos habituou. Já tiveste oportunidade de falar com ele depois do regresso?

M. Manassero: Não. Cumprimentamo-nos simplesmente, mas não o conheço bem. Do ponto de vista golístico, ele está muito forte. Está a jogar muito bem, venceu três torneios, falta-lhe apenas alguma consistência. Errou algumas tacadas nos últimos “majores”, o que antes não acontecia. Mas devo dizer que a concorrência é mais forte.

euronews: Quando se pensa em Matteo Manassero pensa-se num prodígio do golfe mundial com apenas 19 anos. No entanto, tens estado na sombra de McIlroy que é, atualmente, o grande prodígio do golfe. Vocês têm quatro anos de diferença, que não é muito no mundo do golfe. Concordas?

M. Manassero: Sim, é verdade, quatro anos no golfe não é muito, mas certamente que Rory é um jogador excecional, merece ser o número um do mundo. Eu não ouso sequer comparar-me a ele neste momento, ao seu jogo nem à sua regularidade. Temos dois estilos muito distintos. Espero um dia encontrar-me frente a frente com ele numa competição ou num torneio muito importante.

euronews: Faltam poucos dias para a Ryder Cup. Podes fazer uma análise dos pontos forte e fracos de cada uma das equipas.

M. Manassero: Um ponto forte para a equipa europeia, em base no que sei será o green. Uma surpresa pode ser Nicolas Colsearts. Rory Mcilroy será um elemento forte porque poderá dar à equipa quatro pontos muito importantes. Quanto à equipa norte-americana, penso que aqueles que menos quereria encontrar são Tiger Woods e Bubba Watson. São jogadores mais difíceis, com mais adeptos e será muito duro derrotá-los nos Estados Unidos. Ponto fraco é difícil, na Ryder Cup os jogadores mais fortes podem transformar-se em pontos fracos. Se o capitão, Olazabal, decide colocar em campo quatro vezes o Mcilroy e ele só faz um ponto, o próprio Mcilroy passa a ser um ponto fraco.

euronews: Quando é que veremos Manassero na Ryder Cup?

M. Manassero: Esperemos em 2014.

euronews: Atualmente jogas sobretudo o European Tour. Quando é que pensas transferir-te para o PGA Tour?

M. Manassero: Não sei, ainda não decidi. O PGA Tour é mais estimulante, principalmente neste momento de dificuldade na Europa. O European Tour tem passado por várias dificuldades económicas, mas eu gosto muito de aqui estar, divirto-me e tenho vários amigos. A minha intenção é continuar na Europa para já.

euronews: Quem é o teu grande ídolo no mundo do golfe?

M. Manassero: Sempre foi Severiano Ballesteros, por causa do seu carisma, da sua forma de estar, do seu modo de jogar, competente mas muito diferente de todos os outros. Foi um jogador que admirei desde pequeno.

euronews: Quais são os teus pontos fortes e fracos como golfista?

M. Manassero: Fortes é a determinação, nunca desisto. Quantos aos pontos fracos, diria ser um pouco teimoso, no sentido de não querer mudar algumas coisas.

euronews: Qual o torneio que mais ambicionas vencer nos próximos anos?

M. Manassero: Provavelmente o Masters Augusta.

euronews: E os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro?

M. Manassero: São um objetivo a longo prazo, porque ainda faltam quatro anos. Mas eu quero ser campeão olímpico no Rio.

euronews: O que é que faz um jovem de 19 anos, que em dois anos e meio de carreira profissional ganhou quase três milhões de euros só em prémios?

M. Manassero: O que é que faz? Faz uma vida normal, não comprei coisas especiais, fiz algumas férias, mas principalmente tenho trabalhado para jogar bem golfe. Que é aquilo que eu quero realmente fazer.

euronews: Não fizeste nenhuma compra mais luxuosa?

M. Manassero: Não, não gastei dinheiro à toa, um carro, mas nada mais.

euronews: Três coisas que as pessoas devem absolutamente saber sobre golfe?

M. Manassero: Antes de mais os nomes dos jogadores, as regras e a etiqueta.

euronews: A etiqueta porquê?

M. Manassero: Como comportar-se em campo.

euronews: Três clichés do golfe?

M. Manassero: É um desporto para velhos, é muito caro, e requer pouco esforço físico.

euronews: Porque motivos o público deve seguir a tua carreira?

M. Manassero: Porque tenho ainda muitos anos pela frente. Tenho muita vontade de jogar bem e vencer muitos torneios e a terceira deve ser o publico a decidir.

euronews: Estou curiosa, mesmo imaginando o motivo: porque é que os golfistas nunca tiram o boné?

M. Manassero: Todos os golfistas usam o boné por causa dos patrocinadores.

euronews: E o teu, quando é que o tiras?

M. Manassero: Logo que saio da cancela do golfe.

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