Direitos humanos e liberdade política são os temas sensíveis na agenda de uma delegação do Parlamento Europeu, liderada pela finlandesa Tarja Cronberg, que visita o Irão a partir desta sexta-feira.
A correspondente da euronews em Bruxelas, Fariba Mavaddat, explica que “o acordo de Genebra sobre o programa nuclear do Irão permitiu abrir as portas a esta delegação parlamentar e é um primeiro passo para remendar relações congeladas durante seis anos”.
O acordo de 24 de Novembro, considerado um triunfo da chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, que liderou a ronda negocial, vai conduzir ao levantamento parcial de sanções internacionais contra o Irão.
Isto porque o regime se comprometeu a ter uma postura mais cooperante em termos de inspeções que verifiquem o caráter civil do programa nuclear.
A condição para prosseguir o programa é que o urânio só pode ser enriquecido até ao nível necessário para produzir energia para uso doméstico e industrial, e não até ao nível em que permita fabricar armas atómicas.
O material que já se encontre nessas condições deve ser de novo processado de forma a reduzir o nível de enriquecimento.
Todo este progresso nas relações entre o Irão e o Ocidente ocorreu depois da eleição do Presidente Hassan Rohani, em Junho passado, classificado como um político moderado.
A delegação do Parlamento Europeu vai reunir-se com deputados iranianos e com o autarca de Teerão, mas também com representantes de organizações não governamentais e ativistas dos direitos humanos.