O terror das bombas israelitas à hora do futebol em Gaza

O terror das bombas israelitas à hora do futebol em Gaza
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Punição coletiva sem tréguas. Desde segunda-feira a população palestinianiana vive no medo e na insegurança. As bombas israelitas não dão sossego. Ontem centenas de pessoas assistiam à semi-final do Mundial de Futebol num bar da praia, em Gaza quando os bombardeamentos começaram.

Depois do terror inicial começou a contagem. Nove pessoas foram mortas e 25 ficaram feridos, para os espectadores mais sensíves as imagens podem ser eventualmente chocantes.

Durante horas os socorristas tiveram de procurar os corpos enterrados na arreia pela explosão.

ENTREVISTA:

Gilles Kepel, especialista no Islão, dos movimentos jihadistas e do mundo árabe. Esta é uma situação muito complexa entre Israel, o Hamas e n meio o Fatah. Cada um tem uma chave que pode influenciar o curso dos acontecimentos.

Euronews:
O Hamas está cada vez mais isolado após a perda de apoio do Egito. Estas provocações contra Israel são uma arma? O procura realmente este movimento?

Kepel:
Hamas entrou num jogo complexo. Primeiro quer mostrar que ainda existe, é o símbolo da identidade palestiniana. Quando teve de desistir de sua independência, aceitou a Faixa de Gaza de volta sob a autoridade Autoridade Palestiniana e teve dee aprovar o governo de unidade. Embora ainda tenha muitas armas para Gaza, ele está isolado localmente, porém conta com o Irão, discretamente e com um Egito desorganizado. O Hamas vai ser um dia forçado a disparar sua última rajada.

Euronews:
Ironicamente, depois da reconciliação entre Fatah e Hamas, Mahmoud Abbas não fez nada para recuperar o controle de Gaza. Os moradores de Gaza sentem-se abandonados e Hamas ganha força novamente, mesmo na Cisjordania. Qual opção de Abbas?

Kepel:
Mhamoud Abbas não pode fazer nada, na medida em que não controla politicamente o território. Ele está entre a espada e a parede. Se o Hamas está suficientemente enfraquecido será bom para ele visto que será o úncio à esquerda. Se o Hamas conseguir uma vitória política ele saberá esperar até que caia derrotado financeiramente.

Euronews:
Em Israel, vemos manifestações de pacifistas mas paralèlamente aumenta a pressão da extrema direita. Temos slogans que passaram de “morte aos terroristas” para “morte aos árabes”. Benjamin Netanyahu pode arriscar a linha dura?

Kepel:
Benjamin Netanyahu no início opôs-se com veemência ao governo de unidade na palestina, contra o conselho de alguns. Em seguida pôs-se governo sob pressão. O problema é que ele fortaleceu aqueles que queriam aplicar a linha dura e derrapou no momento em que o jovem palestiniano foi assassinado pela forma de fazer as coisas. O direito estava do lado de Israel entre aspas, ou seja, que os críticos contra Israel eram poucos. Assim, em erros de opinião internacionais foram equilibrado e, portanto, Netanyahu está numa posição mais difícil em termos de imagem internacional.

Euronews:
Quais são os riscos, especialmente com djhisdistes que ilustram no Iraque e na Síria e poderão correr ao encontro do Hamas?

Kepel:
Já existem jihadistas em Gaza e o Hamas não ocupa toda a terra do Islão com precisão. Hamas está numa posição que dificilmente é central, mas isso é porque o Hamas inclui o movimento Irmandade Muçulmana, mas também inclui ramos militares que obedecem a sua liderança política, até certo ponto. Se o Hamas é politicamente esmagado, então isso significa que um número de ramos armados autônomos que não pensa mais em termos políticos sobresair em Gaza.

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