Tunísia prepara-se para a segunda volta das presidenciais

Tunísia prepara-se para a segunda volta das presidenciais
De  Euronews
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Na Tunísia, o atual presidente, Moncef Marzouki e o líder do partido, Nidaa Tounès, Béji Caïd Essebsi, preparam-se para a segunda volta das primeiras presidenciais desde a independência do país, em 1956.

Essebi é o homem que em 2011, depois da revolução tunisina, a chamada Revolução dos Jasmins, assumiu o cargo de Primeiro-ministro interino, durante dez meses. Antes disso, entre 1981 e 1986, foi ministro dos Negócios Estrangeiros.

Este advogado, que fará 88 anos no próximo dia 29, sobreviveu à polémica e aos protestos que tomaram conta das ruas durante o seu curto período de governação. O seu partido, a principal formação secular do país, acabou por vencer as eleições legislativas de outubro.

Moncef Marzouki, o presidente em fim de mandato, é o outro rosto da segunda volta. Opositor histórico do regime de Ben Ali, que caiu na revolução, Marzouki é um defensor dos direitos humanos. Em 2011 tornou-se presidente da Comissão Árabe dos Direitos do Homem, instituição da qual continua a ser membro do Conselho Executivo.

Este médico, de 69 anos, foi o quinto presidente tunisino e o primeiro a ser eleito, democraticamente, pela Assembleia Constituinte da Tunísia na era pós-revolução, ainda que interinamente.

Foi preso em 1994, depois de desafiar o ditador Ben Ali numa eleição presidencial. O antigo líder do Conselho pela República acabou por exilar-se, 10 anos, em França. Regressou ao país depois da queda de Ben Ali e, no rescaldo da revolução, anunciou a sua candidatura à presidência.

A nova Constituição, criada depois da revolta popular, dá ao presidente poderes limitados mas ele tem o direito de dissolver o parlamento se não se conseguir formar uma maioria.

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