O presidente egípcio tenta reatar as relações com os parceiros europeus, depois da criticada repressão dos opositores islamitas.
Depois de Roma, Abdel-Fatah al-Sissi reuniu-se na quarta-feira, em Paris, com o seu homólogo francês, François Hollande, para discutir temas como a luta contra o terrorismo, o conflito no Médio Oriente ou a situação na vizinha Líbia.
A deslocação incluiu ainda a visita ao túmulo de Napoleão na capital francesa e uma inesperada queixa por cumplicidade de tortura e violência, interposta por dois egípcios nos tribunais franceses.
Sobre a situação na Líbia, Sissi afirmou: “Partilhamos os mesmo receios sobre a evolução negativa e a violência na Líbia que transformou o país num terreno fértil para grupos terroristas”.
O militar que derrubou o presidente islamita saído da revolução de 2011 é acusado de ter conduzido uma vaga de repressão que provocou mais de 1.400 mortos e 15.000 detidos no Egito.
A primeira viagem à Europa serve assim como um esforço para tentar virar a página, quando a economia do país se encontra bastante fragilizada, em especial com a queda do número de turistas a visitarem o país.
Em Paris, Sissi vai reunir-se com empresários esta quinta-feira, antes de assinar um contrato para a aquisição de equipamento militar francês.