Tolerância zero contra a descriminação e racismo foi a promessa do governo israelita no dia seguinte ao incêndio numa escola bilingue hebraico-árabe de Jerusalém.
Nas paredes do edifício, símbolo de uma convivência possível entre israelitas e palestinianos, inscrições de ódio.
Hatem Matar, chefe da Associação de Pais Professores denuncia: “Quem quer que se oponha a este tipo de tecido social não só prejudica os árabes, mas os judeus. Contestam uma ideia e um ideal que já existe há 15 anos. Isso é muito triste, mas ao mesmo tempo confirma a capacidade desta comunidade. “
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu também condenou o ataque : “Estamos a fazer grandes esforços para restaurar a paz e tranquilidade em Jerusalém. É claro que não iremos tolerar ataques de qualquer lado e não vamos tolerar o incêndio de escolas como vimos na noite passada”.
A polícia abriu uma investigação e afirmou que suspeita de um “incêndio criminoso com motivações nacionalistas”.
A escola, situada no bairro de Pat, zona oeste de Jerusalém tem mais de 500 alunos israelitas e palestinianos e foi criada em 1998 pela associação “Hand in Hand” para promover o ensino bilingue e a coexistência entre judeus e muçulmanos.