Hollande decreta luto nacional em França pelas vítimas do atentado

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De  Francisco Marques com Ricardo Figueira
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François Hollande decretou quinta-feira como “dia de luto nacional” e todas as “bandeiras vão ser colocadas a meia haste durante três dias” em

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François Hollande decretou quinta-feira como “dia de luto nacional” e todas as “bandeiras vão ser colocadas a meia haste durante três dias” em memória das vítimas do trágico atentado desta quarta-feira contra a redação da revista satírica Charlie Hebdo, do qual resultou a morte de 12 pessoas. Numa declaração de viva voz proferida em direto, pela televisão, às 20 horas de Paris (menos uma hora em Lisboa), o Presidente de França pediu “a todos para se associarem” neste pesar.

Hollande expressou o objetivo de punir severamente os autores do atentado e pediu a união de todos. “A França é grande e é capaz, numa prova como esta, de mostrar o seu melhor. A união vai sempre vencer sobre a barbárie”, defendeu, avisando: “Ninguém nos vai conseguir dividir, nada se vai opor a nós, nada nos pode separar.”

La liberté sera toujours plus forte que la barbarie. Notre meilleure arme, c'est notre unité.

— François Hollande (@fhollande) 7 janeiro 2015

“Hoje foi a República que foi atingida. A nossa República representa a liberdade de expressão, representa a democracia. São também esses valores que defendemos através dos nossos soldados na luta contra o terrorismo e contra o fundamentalismo. Devemos responder à altura a este crime. Em primeiro lugar, procurando os autores desta infâmia e, depois, julgando-os e punindo-os severamente”, disse o chefe de Estado gaulês

O Presidente de França salientou que “a investigação está em curso” e revelou que “o governo decretou o nível mais elevado de alerta contra terrorismo”. “Vamos proteger todos os locais onde possa surgir a mais pequena ameaça”, garantiu.

Logo na abertura da declaração, François Holande deixou uma revelação: uma mulher está entre as 12 vítimas deste atentado. “Esses homens e essa mulher que morreram defendiam a ideia que tinham de França, isto é, uma ideia de liberdade. Eles são, no dia de hoje, os nossos heróis”, afirmou o governante, descrevendo os cartonistas assassinados como “cronistas corajosos” e “desenhadores de grande talento” que lutavam “contra o obscurantismo e pela liberdade de expressão”.

“A liberdade que eles defendiam, aquela mensagem de liberdade, nós vamos continuara a defendê-la em nome deles”, prometeu o Presidente de França, reforçando o principal apelo desta noite antes de se despedir: “Unamo-nos. Viva a Republica! Viva a França!”

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