A Grécia diz não à austeridade nas urnas ao eleger, pela primeira vez, um partido de extrema-esquerda para o governo. A formação Syriza confirmou o
A Grécia diz não à austeridade nas urnas ao eleger, pela primeira vez, um partido de extrema-esquerda para o governo.
A formação Syriza confirmou o favoritismo ao recolher ontem mais de 36% dos votos nas eleições antecipadas, mas ficando a dois lugares dos 151 assentos que garantem a maioria absoluta no parlamento.
Ontem Tsipras tinha “declarado” o fim da austeridade, durante a festa em Atenas:
“A Grécia vira a página sobre a austeridade destruídora, o medo e o autoritarismo, deixa para trás cinco anos de humilhação e de sofrimento e avança com otimismo, esperança, dignidade e com um passo firme numa Europa em mudança. O povo grego decidiu que não quer o memorando de entendimento, de austeridade e de destruição”.
Frente à universidade de Atenas, milhares de apoiantes celebravam o resultado que transformou os conservadores da Nova Democracia no principal partido da oposição, seguido da extrema-direita, pulverizando o eleitorado do socialista PASOK de 40% para pouco mais de 4% de votos.
“Estas são as eleições mais importantes da história moderna da Grécia. Os jovens abriram o caminho. A Grécia e a Europa vão mudar”, afirma um apoiante do partido.
“Tudo vai mudar. A austeridade vai acabar e vamos deixar de ver pessoas sem abrigo nas ruas, sem casa, e os bancos vão deixar de confiscar casas”, afirma outro apoiante.
Alexis Tsipras espera formar um governo até quarta-feira quando iniciou hoje uma maratona de negociações com os três possíveis futuros parceiros de coligação (Gregos Independentes, To Potami e Comunistas).