Bombas em Banguecoque podem ser aviso contra Junta Militar

Duas bombas explodiram num centro comercial em Banguecoque, capital da Tailândia. As explosões aconteceram de noite, quando o centro estava fechado. Fizeram apenas feridos ligeiros. Pensa-se que os autores do atentado quiseram, deliberadamente, não fazer vítimas, apenas causar um sobressalto.
Este pode ser um primeiro sinal de ressentimento, que pode vir a tomar formas mais graves.
“Tendo em conta a localização e o material de que são feitas as bombas, os autores não tiveram a intenção de matar ou ferir ninguém. As bombas foram feitas com o intuito de amedrontar as pessoas e causar o caos”, diz o chefe da Polícia Nacional, Somyot Pumpanmuang.
Esta foi a primeira manifestação de violência desde o golpe de Estado de maio do ano passado, que colocou no poder uma junta militar: “Este pode ser um primeiro sinal de ressentimento, que pode vir a tomar formas mais graves”, diz uma residente de Banguecoque.
O exército tomou o poder depois de uma série de protestos de ruas e confrontos que fizeram cerca de trinta mortos. As lutas entre apoiantes e detratores da família Shinawatra prolongaram-se por cerca de dez anos.
A primeira-ministra Yingluck Shinawatra foi afastada do poder e impedida de exercer cargos políticos durante cinco anos. Antes, o irmão Taksim tinha também sido afastado do poder, acusado de corrupção.