O primeiro-ministro grego chegará a Bruxelas, na quarta-feira, para discutir a gigantesca dívida do país com o presidente da Comissão Europeia; mas o verdadeiro desafio será a reunião com o governo al
Depois de Chipre, França e Itália, o primeiro-ministro grego chegará a Bruxelas, na quarta-feira, para discutir a gigantesca dívida do país com o presidente da Comissão Europeia.
Entre ambos há muitas questões que estão num impasse e em que os pontos de vista são completamente diferentes.
Embora conte com a boa-vontade de alguns dirigentes, Alexis Tsipras tem um desafio bem maior pela frente, considera o analista consultado pela euronews, Janis Emmanoulidis.
“Penso que as negociações mais difíceis serão entre o governo grego e o governo alemão. Entre ambos há muitas questões que estão num impasse e em que os pontos de vista são completamente diferentes. Mas é absolutamente necessário que haja um compromisso entre ambos, entre os governos de Berlim e de Atenas”, disse o investigador do Centro de Política Europeia, em Bruxelas.
Um perdão parcial da dívida não tem sido bem visto, tendo a maioria dos dirigentes admitido apenas aumentar o prazo de pagamento.
Um porta-voz da Comissão Europeia, Margaritis Schinas, disse que “todas as soluções que venham a ser discutidas implicam a obtenção de um consenso total, isto é, a unanimidade dos 19 Estados-membros da zona euro.”
Face ao aumento da tensão, o próprio Presidente dos EUA pediu
mais compreensão para os problemas da Grécia.
O analista Janis Emmanoulidis explica que “do ponto de vista dos EUA, um agravamento da crise na zona euro – ou algo ainda pior – seria muito negativo. Isso é aquilo que menos desejam. Os EUA não querem um agravamento da crise europeia porque estão conscientes dos riscos globais ao nível económico, mas também ao nível geopolítico, já que a Grécia está numa posição muito sensível, com vizinhos muito problemáticos”.
Um desses vizinhos é a Rússia – com quem o Ocidente está em confronto por causa da Ucrânia – e que que se mostra disponível para ajudar a Grécia ao nível da dívida.