Em Haia, o Tribunal Internacional de Justiça pronunciou-se terça-feira sobre dois processos de genocídio. Um, interposto pela Croácia contra a Sérvia
Em Haia, o Tribunal Internacional de Justiça pronunciou-se terça-feira sobre dois processos de genocídio. Um, interposto pela Croácia contra a Sérvia e outro, apresentado pela Sérvia contra a Croácia.
Em ambos os casos, o tribunal da ONU considerou não estarem provadas as alegações de genocídio porque, não ficou provado que qualquer das partes visasse “destruir fisicamente” a outra.
“Devo dizer que não estamos satisfeitos com a rejeição do processo apresentado pela Croácia, e estamos satisfeitos com a rejeição do processo da Sérvia. Pelo que podemos observar até agora, o processo croata foi rejeitado, mas o que sabemos que aconteceu foi confirmado. Trata-se de graves crimes de guerra e de limpeza étnica”, disse o primeiro-ministro croata, Zoran Milanovic.
Se a Croácia não ficou satisfeita com a decisão do tribunal, a Sérvia espera que esta decisão permita uma paz duradoura na região.
“O veredicto do tribunal de Haia tem imensa importância para a República da Sérvia e para o povo sérvio, porque alterou os habituais estereótipos da comunidade internacional sobre o que aconteceu na antiga Jugoslávia entre 1991 e 1995”, sublinhou o presidente sérvio, Tomislav Nikolic.
A proclamação da independência da Croácia da Jugoslávia, em 1991, foi seguida de uma guerra entre as forças croatas e os secessionistas sérvios da Croácia, apoiados por Belgrado, que fez cerca de 20.000 mortos.