Segunda Guerra Mundial: Dresden, 70 anos depois da destruição

Segunda Guerra Mundial: Dresden, 70 anos depois da destruição
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Dresden, Alemanha, noite do 13 de fevereiro de 1945. Uma chuva, ininterrupta, de bombas cai sobre a cidade. Em duas vagas, centenas de bombardeiros

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Dresden, Alemanha, noite do 13 de fevereiro de 1945. Uma chuva, ininterrupta, de bombas cai sobre a cidade.

Em duas vagas, centenas de bombardeiros britânicos lançam mais de duas mil toneladas de bombas incendiárias e de explosivos que provocam o caos e a destruição.

Um dia depois, aviões B-17 americanos bombardeiam o pouco que sobrou da cidade de Dresden.

Nora Lang, 83 anos, tinha 13 no dia em que tudo aconteceu. Vivia em Dresden com os pais e dois irmãos:

“As bombas não paravam de cair… Eu comparava-o com o som do carvão ou de batatas a caírem sobre a minha cabeça. Na época, era um som muito familiar para nós”, explica Nora.

Depois da primeira vaga de bombardeamentos, Nora e o irmão mais novo, Bernd foram para um abrigo subterrâneo com vizinhos. Os pais e o irmão mais velho regressaram a casa, que estava em chamas, para tentarem recuperar alguns objetos. Foi por sorte que todos sobreviveram aos bombardeamentos que se seguiram.

“Para nós foi um final feliz. Mas, apesar disso, foi tudo terrível”, desabafa Lang.

Oficialmente morreram 25 mil pessoas nos bombardeamentos. Os sobreviventes dizem que muitos dos corpos que se amontoavam nas ruas desapareceram, foram incinerados pelo fogo provocado pelos bombardeamentos. Falam de um cenário aterrador de tochas humanas.

A cidade foi completamente devastada. Chamada de Florença do Elba, pelos seus edifícios de estilo barroco, dessa época restam apenas ruínas mas ficaram também questões por responder, por exemplo, porquê Dresden e a pouco tempo do fim da Segunda Guerra Mundial?

Talvez, pelo menos para alguns historiadores, porque a cidade albergava uma fábrica de armas e era um entroncamento ferroviário, mas a verdade é que a questão permanece.

Dresden foi, em grande parte, reconstruída, e recuperou algum do seu orgulho mas o trauma persiste. A cidade nunca recuperou de uma tristeza, um pessimismo cultural, do qual fala o historiador Frederick Taylor.

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