Não acredito que o Ocidente vá intervir abertamente nesta guerra
A Arábia Saudita lidera uma coligação contra os houthis no Iémen. Convidámos Celine Jziri, uma especialista do Iémen, para nos explicar quais poderão ser as eventuais consequências desta operação militar para o país e para o Médio Oriente.
Assistimos a uma guerra por procuração no Iémen, de um lado temos a Arábia Saudita e os seus aliados, do outro o Irão
Bem-vinda à euronews. Em que medida os bombardeamentos aéreos contra os rebeldes houthis e os seus aliados, as forças fiéis ao antigo presidente Saleh, vão travar o avanço dos revoltosos?
Os houthis não estavam à espera de uma reação forte e rápida por parte da Arábia Saudita e dos seus aliados. A intervenção interrompeu a ofensiva dos rebeldes sobre a cidade de Aden.
Os raides aéreos vão permitir à Arábia Saudita eliminar a influência iraniana na península arábica?
Não vai ser possível eliminar a influência iraniana porque o Irão é uma potência regional. Assistimos a uma guerra por procuração no Iémen, de um lado temos a Arábia Saudita e os seus aliados, do outro o Irão. Penso que os próximos dias vão ser muito difíceis para os iemenitas que, infelizmente, vão pagar caro.
A América e os países europeus vão poder intervir neste conflito?
Se o fizerem será através de um apoio logístico com a cobertura dos países árabes. Não acredito que o Ocidente vá intervir abertamente nesta guerra, nem que seja com o objetivo de salvar o Iémen. Não é do seu interesse. Esta é uma guerra entre árabes e iranianos.