Síria: Refugiados de Yarmuk apanhados entre dois fogos

Yarmouk, nos arredores de Damasco, capital síria, tornou-se um campo de batalha onde 20 mil refugiados palestinianos
vivem entricheirados.
Depois dos primeiros tempos de guerra civil na Síria, o campo ficou dividido entre os pró e os contra o regime de Bashar al Assad.
Os combates no interior do campo, entre os jihadistas do autoproclamado Estado islâmico e diferentes fações sírias e palestinianas, colocaram os residentes numa situação de grande fragilidade.
Antes do inícuio do conflito, chegaram a estar no campo quase 200 mil civis, que fugiram nos últimos anos em que as forças do regime atacavam os combatentes no campo.
A situação já era muito grave, em 2012, mas quando o grupo Estado Islâmico entrou em Yarmuk, em 2014, o receio de que controle estrategicamente a região provocou vários alertas:
Na Cisjordânia e em Gaza, os dirigentes palestinianos condenam os combates dentro do campo, em que as principais vítimas são civis. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos criticaram o regime de Damasco por ter enviado soldados, de helicóptero, bombardearem zonas residenciais.
Entre dois fogos, os palestinianos de Yarmuk pediram ajuda à comunidade internacional, que segundo alguns especialistas, pode chegar demasiado tarde.
*Christopher Gunness, porta-voz agência de la ONU para os refugiados da Palestina no Médio Oriente:
- Yarmouk foi o resultado de um fracasso político que, por sua vez, foi resultado da falta de união. Necessitamos que as principais potências mundiais deixem de lado as próprias divergências e se unam para salvar vidas, porque a credibilidade do sistema internacional está em jogo. O mundo não deve esquecer a população de Yarmouk.*
Entre os civis apanhados no campo de batalha, 3500 são crianças. As agências humanitárias não conseguem garantir a segurança deles nem a evacuação.