O presidente sírio mantém-se inflexível, quatro anos após o início do conflito no país. Entrevistado pela imprensa sueca , Bashar Al-Assad reconhece
O presidente sírio mantém-se inflexível, quatro anos após o início do conflito no país.
Entrevistado pela imprensa sueca , Bashar Al-Assad reconhece que o exército nacional está enfraquecido, acusando países como a Turquia, a Arábia Saudita e o Qatar de fomentarem a violência ao apoiarem os grupos rebeldes.
Semanas após a tomada de Idlib pela oposição, Assad acusa os três países de sabotarem os esforços do enviado da ONU para impôr um cessar-fogo e retomar o diálogo no território.
“Qualquer plano de paz para a Síria será sempre arruínado por este tipo de interferência externa. Foi isso que se passou em Aleppo, quando os turcos decidiram apoiar uma fação dos rebeldes que recusaram colaborar com o enviado da ONU. Penso que a ONU sabe que qualquer plano está condenado ao fracasso, sem sentar estes países à mesa, convencendo-os a deixar de apoiar os terroristas e a deixar os sírios resolverem o problema”.
Declarações rejeitadas por Ancara que negou, esta sexta-feira, qualquer apoio à ofensiva dos rebeldes em Idlib.
O enviado da ONU, Staffan de Mistura, deverá iniciar uma nova ronda diplomática no próximo mês para tentar relançar o diálogo, quando o conflito provocou já mais de 220 mil mortos.
Para Bashar o que está em causa é, uma vez mais, a luta contra o que considera ser uma “ameaça global” e não apenas um conflito nacional.
“A Europa não pode estar em segurança, enquanto o Mediterrâneo e o Norte de África permanecerem no caos, ameaçados por terroristas”.
Desde o avanço do grupo Estado Islâmico no país que Damasco tenta, sem sucesso, reatar as relações com os países ocidentais em torno do combate ao terrorismo, levado a cabo, para já, de forma unilateral, no terreno, pela coligação militar liderada pelos Estados Unidos.