Durante a assembleia do FMI e do Banco Mundial em Washington, o governo grego não foi poupado a pressões para apresentar um programa claro de medidas
Durante a assembleia do FMI e do Banco Mundial em Washington, o governo grego não foi poupado a pressões para apresentar um programa claro de medidas orçamentais que permitam à Grécia continuar a receber a ajuda internacional de que necessita para fazer face às obrigações de pagamento da sua dívida.
Segundo o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, a resposta à crise na Grécia está nas mãos do governo grego.
“É preciso mais trabalho, muito mais trabalho. E é urgente”, disse Draghi, acrescentado que “Em geral, é necessário um pacote de políticas forte que produza crescimento, equidade, sustentabilidade fiscal e estabilidade financeira. Estes são os quatro objetivos deste pacote de políticas. Para conseguir isto, é preciso ter um processo político forte e colocar em prática o diálogo político.”
“Queremos todos que a Grécia consiga sair da crise”, sublinhou Draghi, acrescentando que a zona euro está hoje “melhor preparada que em 2012, 2011 e 2010”, caso a situação se degrade.
Entretanto a imprensa grega cita fontes no governo helénico que falam de um reforço de 3 a 5 mil milhões de euros que deveria chegar de Moscovo como pagamento adiantado pela instalação de um gasoduto que transportará gás russo até à fronteira da Turquia com a Grécia.
De acordo com as mesmas fontes, o governo espera também receber da China 10 mil milhões de euros pela utilização do porto grego de Pireus e em adiantamento de investimentos na companhia ferroviária grega.