Cerca de vinte países, entre os quais a França e a Rússia, reconheceram oficialmente o genocídio arménio, termo que a Turquia não aceita
Cerca de vinte países, entre os quais a França e a Rússia, reconheceram oficialmente o genocídio arménio, termo que a Turquia não aceita, limitando-se a comentar as “deportações” realizadas pelo Império Otomano e “mortes” sofridas pelo povo arménio.
Durante uma cerimónia ecuménica em Berlim, o presidente alemão, Joachim Gauck, reconheceu pela primeira vez a corresponsabilidade do seu país, enquanto aliado do Império Otomano, nos crimes cometidos contra o povo arménio há um século.
“O destino dos arménios também é um exemplo da história de extermínios em massa, limpezas étnicas, deportações e genocídios que marcaram de forma terrível o século XX”, disse Gauck.
Ao recusar o termo “genocídio”, a Turquia evoca a guerra civil na Anatólia e a fome que provocaram a morte de entre 300 mil e 500 mil arménios e turcos.
“Temos problemas com os que exploram estes incidentes. Temos problemas com a diáspora arménia que quer utilizar este assunto para lucros políticos. Estamos sempre disponíveis para falar com os líderes arménios”, afirmou o presidente turco, Tayyip Erdogan.
Cerca de 1,5 milhões de arménios terão sido vítimas dos crimes cometidos entre 1915 e 1917.