Nigéria transfere reféns de Boko Haram para campo de refugiados

Nigéria transfere reféns de Boko Haram para campo de refugiados
De  Rodrigo Barbosa com REUTERS / AFP
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

As forças nigerianas divulgaram imagens do que dizem tratar-se de uma operação na floresta de Sambisa, no nordeste do país, que permitiu libertar

PUBLICIDADE

As forças nigerianas divulgaram imagens do que dizem tratar-se de uma operação na floresta de Sambisa, no nordeste do país, que permitiu libertar centenas de mulheres e crianças sequestradas pelos extremistas do Boko Haram.

As autoridades da Nigéria anunciaram ter resgatado, durante a última semana, cerca de 700 reféns.

Este domingo, perto de 300 mulheres e crianças libertadas pelos militares foram transferidas para o campo de refugiados de Yola, no Estado de Adamawa.

Uma das mulheres explica que foi sequestrada “para ser casada com um comandante [do Boko Haram]. Quando perceberam que estava grávida, disseram que era de um infiel e mataram o marido. Disseram que casaria com o comandante depois de dar à luz, mas isso aconteceu na noite antes de ser resgatada pelos soldados”.

No campo de Yola, a Agência Nacional de Gestão de Emergências (NEMA) identifica as vítimas do Boko Haram e providencia alimentos e outros bens de primeira necessidade, para além de acompanhamento psicológico.

O doutor Muhammad Amin Suleiman explica que “mesmo aqueles que conseguem fugir pelos seus próprios meios, sofrem efeitos psicológicos, já para não falar nos que estiveram em cativeiro durante meses e que se encontram em terríveis condições”.

Segundo a Amnistia Internacional, o Boko Haram sequestrou cerca de duas mil mulheres e raparigas desde o início de 2014, na maior parte dos casos para servirem como escravas sexuais, efetuar trabalhos forçados ou ser utilizadas como escudos humanos.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Vítimas do 11 de março em Madrid lembradas no Dia Europeu em Memória das Vítimas do Terrorismo

O testemunho das vítimas do 11M, 20 anos depois: "Estava estendido no chão"

Quatro suspeitos de terrorismo detidos na Suécia