Newsletter Boletim informativo Events Eventos Podcasts Vídeos Africanews
Loader
Encontra-nos
Publicidade

Turquia acolhe dois milhões de refugiados sírios

Turquia acolhe dois milhões de refugiados sírios
Direitos de autor 
De Maria-Joao Carvalho com Bora Bayraktar
Publicado a
Partilhe esta notícia Comentários
Partilhe esta notícia Close Button

Sem fim à vista, o conflito sírio provocou a fuga, nos últimos três anos, de dois milhões de pessoas para a Turquia. Vivem em campos de acolhimento, onde adaptaram o quotidiano à nova realidade: merca

PUBLICIDADE

A guerra civil síria fez da Turquia o país que abriga o maior número de refugiados em todo o mundo. Ancara ofereceu hospitalidade a cerca de dois milhões de pessoas, a maioria da Síria.

A euronews visitou Öncüpınar, onde falou com o responsável do centro de refugiados na fronteira com a Síria, Kills, e onde vivem atualmente 13 mil sírios.

A maioria dos refugiados não vai regressar à Síria. O campo de acolhimento deu uma nova casa, a muitos, e nele surgiu um mercado, vários bares e uma barbearia.

Refugiado de Alepo:

- As pessoas mais vulneráveis ​​estão a viver aqui. Os refugiados vivem aqui. Não podemos trabalhar. Mas na Síria viveu e trabalhou como pessoas normais.

Bora Bayraktar, euronews- Pensa regressar ao seu país?

- Não, não quero voltar – responde o interlocutor.

Embora não haja nenhum futuro no campo, a maioria dos refugiados prefere ficar em vez de voltar para a Síria:

Uma viúva refugiada e mãe de sete filhos, assume:

- Enquanto a situação não se normalizar na Síria, não vamos regressar.

Não muito longe do acampamento fica Gaziantep, cidade de acolhimento de 400 mil refugiados sírios. A repentina explosão demográfica provocou a subida dos preços das casas e dos produtos alimentares e, consequentemente, tensões entre residentes e refugiados.

Para incentivar o diálogo entre as comunidades, e ajudar os sírios no caminho da integração, abriu um centro de informação, o Malumat, que oferece conselhos e lições em árabe, inglês e turco.

*Serhan Alemdar, Diretor de Projeto local, Malumat: - Eles vivem na incerteza. A incerteza sobre o seu futuro. Estas pessoas já não têm qualquer perspetiva de vida. É por isso que damos especial atenção à juventude. O nosso principal objetivo é apoiar os jovens entre os 17 e 24 anos *.

Muitos sírios já vivem na Turquia há três anos, e o conflito no seu país eterniza-se. É improvável que os refugiados regressem a casa num futuro próximo.

Bora Bayraktar, no campo de refugiados Kilis, em Öncüpına:

- A maioria dos refugiados sírios perde a pátria, mas muitos não têm vontade de retornar a um país em guerra. Estão tão adaptados ao campo que reorganizaram a vida aqui. Tudo indica que os turcos e os sírios ainda tenham de viver juntos durante muito tempo.

Ir para os atalhos de acessibilidade
Partilhe esta notícia Comentários

Notícias relacionadas

Bielorrusso Anatol Kotau, alegadamente desaparecido em Istambul, terá viajado para o estrangeiro

Israel e os combatentes curdos devem parar de desestabilizar a Síria, diz ministro turco Hakan Fidan

Pelo menos dez mortos em incêndio florestal na Turquia