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Venezuela liberta 71 presos políticos no Natal, apesar da pressão internacional

Pessoas reúnem-se em frente à Procuradoria-Geral da República durante uma manifestação para exigir a libertação de presos políticos em Caracas, Venezuela, em 18 de novembro de 2025.
Pessoas reúnem-se em frente à Procuradoria-Geral da República durante uma manifestação para exigir a libertação de presos políticos em Caracas, Venezuela, em 18 de novembro de 2025. Direitos de autor  Copyright 2025 The Associated Press. All rights reserved
Direitos de autor Copyright 2025 The Associated Press. All rights reserved
De Christina Thykjaer
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O governo venezuelano libertou 71 presos políticos detidos após os protestos que se seguiram às eleições de 2024. Embora a libertação tenha sido saudada como um gesto positivo, as organizações da sociedade civil e os familiares denunciam que continua a ser insuficiente.

O governo venezuelano libertou na quinta-feira 71 presos políticos, detidos após os protestos que se seguiram às eleições presidenciais de 2024. A informação foi confirmada pelo Comité de Mães em Defesa da Verdade, que detalhou que entre os libertados estão 65 homens, três mulheres e três adolescentes.

"Essa notícia transborda os nossos corações de alegria e enche-nos de esperança. Mostra-nos que a luta sempre compensa e compromete-nos a continuar sem descanso até trazermos de volta todos os que ainda estão desaparecidos", disse o grupo numa mensagem publicada na sua conta do Instagram.

No entanto, a organização sublinhou que a medida não é suficiente. "É uma conquista importante, mas insuficiente, por isso exigimos a liberdade total para todos através de uma amnistia geral (...) A injustiça continua a afetar centenas de famílias em todo o país", acrescentou.

Esta é a maior libertação de presos políticos dos últimos meses e surge num contexto de crescente tensão entre Caracas e Washington, coincidindo com o endurecimento do discurso do presidente norte-americano, Donald Trump, em relação ao governo venezuelano.

O governo de Nicolás Maduro está sob pressão internacional há algum tempo por causa da situação dos direitos humanos no país. Organizações não governamentais têm denunciado detenções arbitrárias, processos judiciais irregulares e casos de detenção em regime de incomunicabilidade, o que tem provocado repetidas críticas de grupos internacionais.

Embora tenham saudado a libertação como um passo positivo, a oposição e as organizações civis insistiram que centenas de pessoas continuam detidas por razões políticas e apelaram para avanços mais amplos para garantir as liberdades civis e o respeito pelos direitos fundamentais na Venezuela.

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