Adeus UMP – União por um Movimento Popular, olá aos Republicanos franceses. Nicolas Sarkozy está à frente de uma verdadeira máquina de guerra para a
Adeus UMP – União por um Movimento Popular, olá aos Republicanos franceses.
Nicolas Sarkozy está à frente de uma verdadeira máquina de guerra para a campanha eleitoral para as presidenciais francesas de 2017. O objetivo da renovação é captar os votos dos desertores da Frente Nacional, de Marine Le Pen, recuperar abstenções e tentar ganhar a presidência.
- Temos de restaurar a confiança na escola, na sociedade e na economia. É a meta que estabelecemos como republicanos. Restaurar a confiança daqueles que a perderam, é o mais exigente dos desafios que um movimento político pode lançar a si mesmo – disse Sarkozy.
O novo nome reflete a necessidade de romper com um passado recente de derrotas, mesmo contra a opinião de algumas associações de cidadãos que protestam contra a decisão. Segundo eles “republicano” é tudo e não pode ser prerrogativa de um único partido.
De acordo com Alain Juppé, um dos líderes do partido, a ideia é reviver o movimento que levou à vitória presidencial, em 2007. Um movimento que une; não apenas um partido.
*Alain Juppé:
- Era preciso virar a página pois a UMP conheceu anos de difícil turbulência. Agora tem um novo fôlego mas sob o mesmo princípio da reunificação.*
*Allain Juppé:
- Nicolas Sarkozy tem o partido na mão como se fosse uma empresa. Mas, eu tenho a minha própria PME e, às vezes, o comportamento das pequenas empresas é melhor do que o de muitas multinacionais.*
A liderança de Sarkozy no partido dos conservadores coloca-o numa posição de força como candidato ao Eliseu, em relação aos ex-primeiros-ministros François Fillon e Alain Juppé, os principais rivais das primárias de 2016.
Além das mudanças superficiais, alguns membros dos republicanos pedem alterações mais profundas e um programa que faça a diferença.
Pierre Lellouche, membro do partido francês dos Republicanos/UMP:
– Se não somos capazes de reinventar o pacto republicano, em termos do que chamamos modelo económico e social, por um lado, e em termos de identidade, por outro, pode mudar-se de nome quantas vezes quisermos que isso não vai mudar nada.Apesar das lutas fratricidas na UMP e da apropriação do nome – que aproxima um pouco os conservadores franceses aos republicanos norte-americanos – a justiça autorizou o partido de Sarkozy a utilizar o nome.
As críticas sucedem-se.
Manuel Valls, primeiro-ministro francês:
- Não apenas pretende ferir os adversários políticos, o que é normal, como fere inutilmente o país.
Agora é preciso preparar o futuro: as regionais de 2015 e as primárias de 2016, que vão designar oficialmente o candidato para representar o centro-direita nas presidenciais de 2017.