Os protestos contra a violência exercida sobre as mulheres juntaram pessoas de ambos os sexos.
Na Argentina, centenas de milhares de pessoas desfilaram para denunciar a violência contra as mulheres, numa altura em que este tipo de crime aumenta.
Quero pedir desculpa em nome dos homens, nesta sociedade machista.
A maior marcha aconteceu na capital, Buenos Aires, onde cerca de 200.000 pessoas se juntaram frente ao parlamento.
Pedem leis mais severas e a realização de estatísticas oficiais sobre os feminicídios: “O importante é chegar aos juízes e endurecer as sentenças. Hoje matam alguém, no dia seguinte são soltos e voltam a matar, porque não lhes acontece nada”, diz uma manifestante.
Os homens também se juntaram ao protesto: “Quero pedir desculpa em nome dos homens, nesta sociedade machista. Crescemos com a ideia de que mandar piropos agressivos não tem mal, que faz parte da nossa herança e que até é engraçado. Isso faz com que não estejamos sensibilizados para a violência exercida sobre as mulheres”, disse um dos presentes.
O caso que despertou esta vaga de manifestações foi o de uma educadora de infância degolada em plena aula por um ex-namorado. Houve marchas também em países vizinhos, como o Uruguai ou o Chile.
No es sólo un problema judicial o policial. Estamos ante una cultura devastadora de lo femenino.
— Cristina Kirchner (@CFKArgentina) June 3, 2015
No more murders, say women in #Argentinahttp://t.co/mZgatzVmk0#NiUnaMenos@genderplatform@WOMENIncpic.twitter.com/CMYkfv09Ea
— Danielle Hirsch (@Danielle_H_BE) June 4, 2015