A justiça egípcia condenou à morte 11 adeptos de futebol por atos de violência. O tribunal de Port Said anunciou esta terça-feira a sentença no caso
A justiça egípcia condenou à morte 11 adeptos de futebol por atos de violência.
O tribunal de Port Said anunciou esta terça-feira a sentença no caso dos confrontos violentos que, há três anos, fizeram 70 vítimas mortais e mil feridos no estádio de Port Said.
Foram pronunciadas 29 penas de prisão. O então chefe da polícia de Port Said, Essam Samak, e dois responsáveis do clube Al-Masry, foram condenados a cinco anos de prisão. O tribunal absolveu sete agentes de segurança.
A tragédia aconteceu no dia 1 de fevereiro de 2012. No fim do jogo entre duas equipas da primeira divisão, Al-Masry e Al-Ahly, os adeptos dos dois clubes passaram rapidamente dos insultos à violência extrema.
A maioria das vítimas foi esmagada quando a multidão se lançou para as saídas do estádio.
Para os familiares, não houve justiça nas sentenças:
“Desde que foi detido, o responsável pela segurança não passou uma hora sequer na cadeia, tem estado instalado no hospital militar. Aparece à nossa frente em tribunal com roupas desportivas de marca.”, disse a mãe de uma das vítimas.
O Al-Masry tinha vencido a partida por 3-1 e os adeptos do clube adversário tiveram mau perder.
O Al-Ahly, clube do Cairo, era na altura treinado pelo português Manuel José, que ficou ferido nos confrontos.
Os acontecimentos no estádio prolongaram-se por vários dias de protesto no Cairo, onde morreram 16 pessoas.