A primeira cimeira entre a União Europeia e a Comunidade dos Estados Latino-americanos e caribenhos realizou-se em janeiro do ano passado, em
A primeira cimeira entre a União Europeia e a Comunidade dos Estados Latino-americanos e caribenhos realizou-se em janeiro do ano passado, em Santiago do Chile, pouco mais de um ano depois da criação da CELAC.
UE pretende recuperar a posição de força e de parceiro provilegiado junto dos países da América Latina. O volume de ngócios, com Durão Barroso â frente da comissão euromeia, igualava o da Índia, China, Rússia e japão. Agora, está a perder o passo em relação a países emergentes como a China. A União Europeia pretende recuperar um pouco nesta Cimeira com
Estes encontros transatlânticos tiveram início nos anos 70, mas sem grande visibilidade, apesar dos dois blocos representarem mais de mil milhões de pessoas. Além disso, a UE é o primeiro investidor na América Latina, como lembra o antigo presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso:
- Os números são, de facto, impressionantes, com mais de 385 mil milhões, os investimentos europeus na América Latina são superiores aos do Japão, da Rússia, da China e da Índia juntos!
O bloco europeu é também o primeiro doador do CELAC , pois acumula as ajudas da Comissão da União Europeia com as dos 28 países membros.
Juntos, os dois blocos representam cerca de um quarto do PIB mundial. A UE é o segundo parceiro do CELAC a seguir aos Estados Unidos. O bloco latino-americano é o 5° parceiro comercial da União Europeia.
Em 2014, a UE exportou para o CELAC bens no valor de 110,6 mil milhões de euros. As importações do CELAC para o bloco europeu atingiram os 98,6 mil milhões de euros.
Os europeus exportam, principalmente, produtos manufaturados – 87% du total enquanto o CELAC exporta mais matérias primas.
A Alemanha é o maior exportador (28%) seguido de Espanha (13%), Itália (12%), França (11) e Holanda (9%).
No entanto, a influência europeia sobre o outro lado do Atlântico sofreu um recuo, segundo o professor Sebastián Santander, da Universidade de Liège:
- Há potências emergentes que chegaram à América Latina. A Europa está em crise. A América Latina tem menos interesses do que já teve na Europa, e cada vez mais na China, que reocupou essa posição importante a nível económico, comercial, financeiro e político.
A chefe da diplomacia europeia, Fédérica Mogherini, já esteve duas vezes em Cuba, um sinal de interesse e de abertura. Mas há muitos receios no sentido de que a Cimeira UE-CELAC não consiga ser mais do que a normal “foto de família” dos líderes.